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Suprema Corte dos EUA rejeita plano de Biden para perdão de dívidas

Governo havia proposto cancelar US$ 400 bilhões de empréstimos estudantis, que teria sido uma das ações executivas mais caras da história do país

Por Da Redação
30 jun 2023, 12h16

A Suprema Corte vetou nesta sexta-feira, 30, um plano do presidente americano, Joe Biden, para eliminar mais de US$ 400 bilhões em dívidas estudantis. Segundo dados do governo, mais de 45 milhões de pessoas em todo o país devem US$ 1,6 trilhão em empréstimos para pagar pelo ensino superior.

Foi um revés retumbante para o chefe da Casa Branca, cujo governo havia usado o perdão das dívidas como bandeira. O cancelamento proposto, anunciado por Biden no ano passado, teria sido uma das ações executivas mais caras da história dos Estados Unidos.

A votação foi de 6 a 3, consolidando a divisão do tribunal superior em dois blocos com seis juízes conservadores (três deles, indicações do ex-presidente Donald Trump) e três juízes progressistas.

O governo disse que seu plano visava lidar com os efeitos econômicos prolongados da pandemia de coronavírus. A estratégia seria, ainda, autorizada pela Lei de Oportunidades de Assistência ao Ensino Superior para Estudantes de 2003, geralmente chamada de Lei HEROES.

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Essa regulamentação, promulgada após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, dá ao secretário de educação o poder de “renunciar ou modificar qualquer disposição estatutária ou regulamentar” para proteger os mutuários afetados por “uma guerra ou outra operação militar ou emergência nacional. ”

Em março de 2020, o então presidente Trump declarou que a pandemia de coronavírus era uma emergência nacional e seu governo invocou a Lei HEROES para interromper cobranças de empréstimos estudantis e suspender o acúmulo de juros. A administração Biden seguiu o exemplo, e a pausa nos pagamentos custou ao governo mais de US$ 100 bilhões.

Em agosto passado, o governo encerrou a pausa, mas perdoou entre US$ 10.000 e US$ 20.000 em dívidas estudantis para indivíduos de baixa renda.

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Quase 26 milhões de pessoas solicitaram o cancelamento de parte de suas dívidas de empréstimos estudantis. Embora o governo tenha aprovado 16 milhões de pedidos, nenhuma dívida foi cancelada ainda. O Departamento de Educação, que possui e administra o portfólio de dívidas estudantis de US$ 1,5 trilhão do governo, parou de aceitar inscrições devido a batalhas judiciais em tribunais.

Em casos separados, seis estados liderados pelos republicanos – Nebraska, Missouri, Arkansas, Iowa, Kansas e Carolina do Sul – e dois indivíduos abriram processos para interromper o plano do governo, invocando a chamada “doutrina das grandes questões”.

A regra diz que o Congresso precisa autorizar o Poder Executivo a tomar decisões políticas e econômicas importantes, e a Suprema Corte também invocou essa doutrina para impedir a agenda de Biden.

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Em junho passado, a corte também usou a ferramenta para restringir o poder da Agência de Proteção Ambiental para lidar com as mudanças climáticas. Sem “autorização clara do Congresso”, disse o tribunal, a agência não poderia agir.

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