Strauss-Kahn admite que tentou beijar jornalista francesa
Contudo, ex-chefe do FMI negou ter tentado estuprá-la
O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, admitiu à polícia francesa que tentou beijar a jornalista Tristane Banon, mas negou ter tentado estuprá-la, informou nesta sexta-feira o jornal L’Express.
Entenda o caso
- • Em 14 de maio, o francês Dominique Strauss-Kahn foi preso, acusado de abuso sexual pela camareira de um hotel de luxo de Nova York. Uma semana depois, foi colocado em prisão domiciliar.
- • Como consequência do escândalo, foi obrigado a renunciar à chefia do FMI e à candidatura à Presidência da França em 2012 – para a qual era um dos favoritos.
- • Um mês depois, porém, o caso sofre uma reviravolta: promotores passam a duvidar da credibilidade da vítima, que mentiu nos depoimentos, e DSK ganha liberdade condicional.
- • No dia 23 de agosto de 2011, um juiz em Nova York decide retirar todas as acusações contra ele, encerrando o caso.
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Quando foi interrogado pela polícia na segunda-feira, DSK disse que, durante a entrevista que concedeu à Tristane em fevereiro de 2003, teria “avançado” em direção à jornalista, mas foi rejeitado. Ele negou ter continuado investindo contra Tristane, segundo o L’Express.
Depois que Nafissatou Diallo, uma camareira de um luxuoso hotel de Nova York, ter acusado DSK de abuso sexual, Tristane também denunciou o ex-chefe do FMI por tentativa de estupro, mas foi criticada porque não foi à Justiça na época do incidente, há oito anos. Segundo ela, durante uma entrevista em 2003, Strauss-Kahn tentou agarrá-la “feito um chipanzé no cio” e os dois chegaram a brigar no chão “durante vários minutos” até que ela conseguisse se livrar.
Strauss-Kahn deve falar publicamente sobre o caso pela primeira vez no domingo, em uma entrevista no canal francês TF1. Ele voltou à Paris em sete de setembro, depois de se livrar do primeiro processo.