Soldado israelense foi capturado enquanto tentava destruir túnel
Combates são retomados após fracasso de cessar-fogo; 62 palestinos morrem
Por Da Redação
1 ago 2014, 15h31
Veja.com Veja.com/VEJA.com
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1/70 Soldados israelenses se preparam para deixar fronteira da faixa de Gaza, depois que um acordo de cessar-fogo foi firmado entre Israel e líderes do Hamas (Yannis Behrakis/Reuters/VEJA)
2/70 Soldados israelenses se preparam para deixar fronteira da faixa de Gaza, depois que um acordo de cessar-fogo foi firmado entre Israel e líderes do Hamas (Yannis Behrakis/Reuters/VEJA)
3/70 Garotos palestinos comemoram cessa-fogo em Gaza (Mohammed Salem/Reuters/VEJA)
4/70 Ônibus explode no centro de Tel Aviv em ataque terrorista (Nir Elias/Reuters/VEJA)
5/70 Explosão após ataque israelense na faixa de Gaza (Ahmed Jadallah/Reuters/VEJA)
6/70 Soldado israelense observa fumaça deixa por caças da Força Aérea durante testes ao norte da faixa de Gaza (Yannis Behrakis/Reuters/VEJA)
7/70 Na faixa de Gaza, vista aérea mostra prédio do Ministério de Segurança que foi destruído após bombardeio israelense (Mohammed Abed/AFP/VEJA)
8/70 Em Israel, soldado evacua local atingido por um foguete lançado por militantes palestinos da Faixa de Gaza (AFP/VEJA)
9/70 Tropas de Israel na fronteira com a Faixa de Gaza aguardam para possível invasão (AFP/VEJA)
10/70 Palestino ferido após ataque aéreo israelense, em um edifício que também abriga escritórios de imprensa internacional, na Cidade de Gaza (Suhaib Salem/Reuters/VEJA)
11/70 Judeu hassídico membro da seita Breslov, é carregado por um soldado israelense durante uma visita às tropas, perto da fronteira com a Faixa de Gaza (Nir Elias/Reuters/VEJA)
12/70 Bombeiro em incêndio provocado por ataque aéreo israelense, em Gaza (Suhaib Salem/Reuters/VEJA)
13/70 Edifício palestino na Faixa de Gaza bombardeado após ataque aéreo do exército de Israel (Oliver Weiken/EFE/VEJA)
14/70 Soldado israelense dorme sobre um tanque-de-guerra próximo a fronteira com a Faixa de Gaza (Menahem Kahana/AFP/VEJA)
15/70 Míssil israelense lançado pelo sistema de mísseis de defesa Iron Dome para interceptar e destruir foguetes vindos da Faixa de Gaza (Uriel Sinai/Getty Images/VEJA)
16/70 Menino com rifle de brinquedo durante protesto em solidariedade aos palestinos, em frente à sede das Nações Unidas em Beirute (Jamal Saidi/Reuters/VEJA)
17/70 Palestino após ataque aéreo, na Cidade de Gaza (Suhaib Salem/Reuters/VEJA)
18/70 Israelenses ao lado de veículo danificado por foguete lançado por militantes palestinos (Nir Elias/Reuters/VEJA)
19/70 Soldados israelenses oram na fronteira da Faixa de Gaza (Nir Elias/Reuters/VEJA)
20/70 Palestino nos escombros da sua casa destruída por ataque aéreo, na Cidade de Gaza (Mohammed Saber/EPA/EFE/VEJA)
21/70 Meninas andam sobre escombros na Faixa de Gaza (Mohammed Salem/Reuters/VEJA)
22/70 Ehud Barak, ministro da defesa israelense , durante coletiva de imprensa no Domo de Ferro (Daniel Bar-On/Reuters/VEJA)
23/70 Soldados israelenses fazendo simulação de invasão por terra à Faixa de Gaza (Amir Cohen/Reuters/VEJA)
24/70 Soldados israelenses simulam invasão por terra à Faixa de Gaza (Amir Cohen/Reuters/VEJA)
25/70 Defesa civil palestina retira homem de escombros, na Cidade de Gaza (Suhaib Salem/Reuters/VEJA)
26/70 Soldados israelenses preparam os tanques próximo à fronteira da Faixa de Gaza (Nir Elias/Reuters/VEJA)
27/70 Israelenses após alerta de sirene, em Ashkelon (Nir Elias/Reuters/VEJA)
28/70 Manifestante demonstrando apoio aos palestinos, em Berlin (Marc Tirl/AFP/VEJA)
29/70 Manifestante protesta contra os ataques de Israel à Faixa de Gaza em frente a embaixada israelense, em Atenas (John Kolesidis/Reuters/VEJA)
30/70 Manifestantes palestinos em frente a sede das forças de segurança palestinas, na Cisjordânia (Saif Dahlah/AFP/VEJA)
45/70 Palestinos buscam vítimas após ataque aéreo, na Cidade de Gaza (Mohammed Abed/AFP/VEJA)
46/70 Policial do Hamas observa míssil, na Cidade de Gaza (Majdi Fathi/Reuters/VEJA)
47/70 Palestinos preparam corpo do militante do Hamas Shadi al-Sheir para o funeral (Mahmud Hams/AFP/VEJA)
48/70 Mísseis sendo lançados da Faixa de Gaza contra Israel, em 16/11 (Jaack Guez/AFP/VEJA)
49/70 Palestino caminha sobre destroços da sede do Hamas, bombardeada por mísseis israelenses (Mahmud Hams / AFP/VEJA)
50/70 Mulher corre para se proteger após ouvir sirenes de alerta, em Jerusalém (Baz Ratner/Reuters/VEJA)
51/70 Israelenses se protegem em hospital após ouvirem sirenes de alerta, em Jerusalém (Baz Ratner/Reuters/VEJA)
52/70 Carro de Ahmaed Jaabari, chefe da ala militar do Hamas, morto em ataque israelense, na Faixa de Gaza (Mahmud Hams/AFP/VEJA)
53/70 Bombeiros palestinos apagam incêndio causado por ataque aéreo, em Jabaliya, norte da Faixa de Gaza (Ali Ali/EFE/VEJA)
54/70 Jovens palestinos se escondem após confronto com soldados israelenses, na Cisjordânia (Abbas Momani/AFP/VEJA)
55/70 Fumaça sobe após ataque aéreo na Faixa de Gaza (Suhaib Salem/Reuters/VEJA)
56/70 Mulher vê sua casa destruída após ataque aéreo na Faixa de Gaza (Suhaib Salem/Reuters/VEJA)
57/70 Palestinos e israelenses entram em conflito em Gaza (Mohamad Torokman / Reuters/VEJA)
58/70 Bombeiros tentam extinguir fogo no prédio do Ministério do Interior palestino em Gaza, atingido por foguetes israelenses (Marco Longari/AFP/VEJA)
59/70 Bombeiros palestinos tentam apagar incêndio após ataque aéreo israelense contra o edifício do Ministério do Interior, na cidade de Gaza (Reuters/VEJA)
60/70 Fumaça produzida por ataque aéreo israelense em Gaza nesta sexta-feira (Jack Guez/AFP/VEJA)
61/70 Judeu ultra-ortodoxo passa por carro danificado após ataques em Israel (Amir Cohen/Reuters/VEJA)
62/70 Bombardeios israelenses duraram toda a noite na Faixa de Gaza (Ahmed Zakot/Reuters/VEJA)
63/70 Garoto chora em sua casa danificada pelos ataques israelenses, em Gaza (Mohammed Abed/AFP/VEJA)
64/70 Fumaça é vista após bombardeio no norte da Faixa de Gaza (Ronen Zvulun/Reuters/VEJA)
65/70 Paramédicos palestinos atendem homem ferido em ataque israelense em Gaza (Mohammed Abed/AFP/VEJA)
66/70 Foguete é lançado nesta quinta-feira a partir da Faixa de Gaza (Nir Elias/Reuters/VEJA)
67/70 Explosão após ataque israelense à Gaza (Ali Hassan/Reuters/VEJA)
68/70 Explosão causada por ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza (Jack Guez/AFP/VEJA)
69/70 Foguete é lançado da Faixa de Gaza contra o sul de Israel (Said Khatib / AFP/VEJA)
70/70 Mulher israelense protestando contra os ataques da Faixa de Gaza, em Jerusalém (Gali Tibbon/AFP/VEJA)
(Atualizado às 18h20)
Os combates entre as forças israelenses e os terroristas do Hamas foram retomados com ferocidade nesta sexta-feira na Faixa de Gaza, após o fracasso em manter o cessar-fogo de 72 horas. Israel afirmou que a trégua foi rompida após a captura de um dos seus soldados pelo Hamas e a morte de outros dois. Sessenta e dois palestinos morreram nas últimas horas como resultado das operações militares lançadas após a captura, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
De acordo com as Forças de Defesa de Israel, o soldado capturado se chama Hadar Goldin, e tem 23 anos. Ele desapareceu por volta de 9h30 (3h30 no horário de Brasília) enquanto participava da destruição de um túnel usado por terroristas na região de Rafah. Enquanto preparavam explosivos, os soldados foram surpreendidos pelos terroristas, incluindo um homem-bomba, segundo Peter Lerner, o porta-voz das Forças Israelenses.
Um membro do Hamas afirmou para imprensa turca que um soldado israelense foi capturado, mas disse a ação ocorreu uma hora e meia antes do início do cessar-fogo, e que portanto ela não constituía uma violação do acordo. Posteriormente, o Hamas não confirmou nem negou a captura. Como resultado, Israel começou a efetuar diversas operações militares e bombardeios em Rafah, matando dezenas de palestinos ferindo mais de 350. Segundo o jornal The Guardian, Israel tem bombardeado a cidade pesadamente para impedir que o soldado seja levado pelos terroristas para outro local. A família do soldado afirmou em um comunicado que está “confiante que Israel vai fazer de tudo para trazer Hadar de volta para casa”.
O anúncio do desaparecimento de Goldin foi repercutido pelos EUA, que denunciaram que o Hamas tirou vantagem do cessar-fogo para atacar e capturar o soldado israelense.
O presidente Barack Obama pediu durante a tarde que o Hamas libertem o soldado capturado como condição prévia para a resolução de tensões na região e afirmou que esforços serão feitos para restabelecer um cessar-fogo fracassado. “Se eles são sérios sobre a tentativa de resolver esta situação, o soldado precisa ser libertado incondicionalmente o mais rápido possível”, disse Obama em entrevista coletiva.
“Um cessar-fogo era uma maneira de conter a matança, recuar e tentar resolver algumas das questões subjacentes”, afirmou. “Tentar restabelecer isso juntos vai ser um desafio, mas vamos continuar a fazer esses esforços.”
Mais cedo, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, classificou o ataque como “violação bárbara do cessar-fogo” e pediu que outros países pressionem o Hamas para que ele respeite as tréguas acertadas. Já o secretário de Estado, John Kerry, fez um apelo para a que a Turquia e o Qatar usem sua influência sobre o Hamas para assegurar a libertação do soldado Goldin.
Em 2006, terroristas do grupo sequestraram o soldado Gilad Shalit e o mativeram prisioneiro por cinco anos. Ele só foi libertado em 2011, em troca de 1.000 prisioneiros palestinos que eram mantidos em Israel.
Operação – A operação israelense na Faixa de Gaza começou no dia 8 de julho, após terroristas lançarem mísseis contra o território israelense. Tanques e infantaria invadiram o território palestino, de 1,8 milhão de pessoas, em 17 de julho. Autoridades de Gaza dizem que mais de 1.500 palestinos, a maioria civis, foram mortos e cerca de 7.000 ficaram feridos. Do lado de Israel, 66 soldados perderam a vida e mais de 400 se feriram. Três civis morreram devido a foguetes disparados por palestinos contra Israel. Segundo as Nações Unidas, o número de palestinos abrigados em instalações da organização chegou a 250.000 nesta sexta-feira como resultado dos combates.