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Israel e Hamas concordam com trégua incondicional de 72 horas

Anúncio foi feito pela ONU e os EUA. Desde o início da operação israelense, mais de 1.400 palestinos e 56 soldados de Israel morreram no conflito

Por Da Redação
31 jul 2014, 18h53

Israel e o Hamas concordaram com um cessar-fogo humanitário incondicional de 72 horas em Gaza, que começou às 8 horas da manhã desta sexta-feira, pelo horário local (2h de Brasília). O anúncio foi feito em comunicado conjunto do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon e do secretário de Estado americano, John Kerry. Durante o período do cessar-fogo, “as forças no terreno vão permanecer no local”, diz o comunicado, indicando que as tropas israelenses que entraram em Gaza na ofensiva terrestre vão continuar na região.

O texto afirma que foram recebidas garantias das duas partes de que esforços serão feitos para tentar estender a trégua e informa que uma delegação palestina e outra de Israel vão negociar no Cairo, com a intermediação de representantes do Egito. “Nós pedimos que todas as partes atuem de forma contida até que o cessar-fogo comece, e que cumpram seus compromissos quando ele efetivamente começar”, diz o documento, que ressalta a importância da trégua para que civis possam se proteger e para que os habitantes de Gaza recebam ajuda humanitária.

“Este cessar-fogo é crítico para dar a civis inocentes um necessário alívio em meio a violência. Durante este período, civis em Gaza vão receber ajuda humanitária urgentemente necessária, e terão a oportunidade de realizar tarefas vitais, incluindo enterrar os mortos, cuidar dos feridos e reabastecer os estoques de alimentos. Consertos em infraestrutura essencial de água e energia que estavam atrasados também poderão ser retomados neste período”, enumera o texto.

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O Hamas confirmou que vai respeitar a trégua de três dias, “contanto que o outro lado também respeite”. E acrescentou que todas as facções palestinas adotam a mesma posição. Vários períodos de pausa humanitária foram anunciados nos últimos dias, mas poucos foram os períodos em que a população de Gaza de fato teve alguma tranquilidade. A maior parte foi iniciativa israelense, enquanto o Hamas continuava a impor condições para aceitar fazer parte.

Na última sexta, uma proposta americana para um cessar-fogo de uma semana foi rejeitada por Israel, que concordou apenas com uma pausa de 12 horas, que também foi seguida pelo Hamas. Ao final do período, o governo israelense decidiu estender a trégua, mas o grupo terrorista rejeitou, reiniciando os ataques. Alvo de foguetes, Israel decidiu retomar a ofensiva e o Hamas então afirmou que aceitaria um cessar-fogo mediado pela ONU. O impasse impediu que qualquer trégua avançasse.

Nesta quinta, Israel não dava nenhum sinal de que um cessar-fogo estava sendo negociado. Ao contrário, mais 16.000 reservistas foram mobilizados, elevando o número total de soldados para 86.000. E, na TV, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu garantiu que negaria qualquer proposta que impedisse os militares de continuarem a destruir túneis clandestinos. “Neutralizamos vários túneis do terror e estamos comprometidos a completar esta missão, com ou sem um cessar-fogo”, disse, destacando a importância de “completar esta importante missão para a segurança do povo de Israel”.

Desde o início da ofensiva israelense no território controlado pelo grupo fundamentalista, mais de 1.400 palestinos já morreram e 56 soldados israelenses também foram mortos. A operação israelense foi lançada no dia 8 deste mês, com o objetivo de minar a capacidade do Hamas de disparar foguetes contra seu território. No dia 17 teve início a operação por terra, destinada à destruição de túneis clandestinos usados por radicais.

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