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Alta comissária da ONU denuncia EUA por armar Israel

Navi Pillay cobrou mais ação da Casa Branca para impedir os assentamentos e o bloqueio à Gaza, considerados ilegais pela comunidade internacional

Por Da Redação
31 jul 2014, 09h17

A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, denunciou nesta quinta-feira os Estados Unidos por proporcionar armamento ao Exército israelense e não fazer o suficiente para deter a ofensiva contra a Faixa de Gaza. “Os Estados Unidos têm influência sobre Israel e deveriam fazer mais para parar as mortes, para que as partes em conflito dialoguem”, disse Pillay em entrevista coletiva, na qual falou da ajuda financeira e a entrega de armas dos EUA a Israel.

O porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, confirmou nesta quarta as informações sobre o envio a Israel de mais material de guerra dos EUA a pedido das Forças de Defesa israelenses. A venda de munição é estabelecida para casos de emergência no chamado Inventário de Reservas de Munição de Guerra de Israel, um acordo com os EUA que permite aos israelenses dispor de armamento de maneira urgente.

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Entre esse material há partes necessárias para lança-granadas e peças de morteiro de 120 milímetros, como o que provocou ontem a morte de pelo menos dezenove pessoas refugiadas em uma escola das Nações Unidas. Pillay informou sobre esta entrega de munição e sobre a ajuda que os EUA prestam a Israel para manter em funcionamento o sistema antifoguetes israelense Cúpula de Ferro, que protege o território israelense dos foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza. “Os Estados Unidos não só fornecem a Israel artilharia pesada usada em Gaza, mas gastou quase 1 bilhão de dólares [2,2 bilhões de reais] para proteger o país contra os foguetes palestinos. Uma proteção que os civis de Gaza não têm”, denunciou Pillay.

A alta comissária insistiu no fato de que os EUA não só ajudem incondicionalmente Israel em tempos de guerra, mas também o faça em tempos de paz, nos quais Tel Aviv continua violando a lei internacional expandindo seus assentamentos e mantendo um bloqueio à Faixa de Gaza, que é ilegal. “Os Estados Unidos também deveriam fazer mais para acabar com o bloqueio aos territórios ocupados. Deveria fazer mais para acabar com os assentamentos. Lembremos que os Estados Unidos votam contra, tanto no Conselho de Direitos Humanos como no Conselho de Segurança, todas as resoluções que condenam o bloqueio e os assentamentos”.

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Pillay se referiu às dezenas de resoluções, relatórios e conclusões de comissões de investigação internacional em que são identificadas flagrantes violações dos direitos humanos e da lei internacional por parte de Israel. “Parece que há um desafio deliberado de Israel a não cumprir com suas obrigações internacionais. Não deveríamos permitir este tipo de impunidade. Não deveríamos permitir que não se averiguem nem se persigam flagrantes violações”, opinou Pillay.

A comissária da ONU lamentou que Israel não tenha estabelecido nenhum mecanismo de prestação de contas e lembrou que onde o sistema interno falha tem que ser aplicado o internacional. A representante da ONU assinalou que, segundo os últimos dados, desde que começou a ofensiva, ha três semanas, morreram 1.263 palestinos e 59 israelenses.

(Com agência EFE)

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