Sochi: Polícia russa chicoteia integrantes do Pussy Riot
Milícia cossaca convocada por Vladimir Putin para ajudar na segurança dos Jogos de Inverno reprime violentamente uma apresentação de protesto
Por Da Redação
19 fev 2014, 16h29
Integrantes do grupo Pussy Riot são libertadas após terem sido detidas em Sochi, durante os Jogos Olímpicos de Inverno Morry Gash/AP/VEJA
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Integrantes da banda punk Pussy Riot foram espancadas durante uma apresentação de protesto em Sochi. Um vídeo [confira abaixo] postado na internet nesta quarta-feira mostra ao menos seis membros da banda levando socos, pontapés e chicotadas dos membros da milícia cossaca, que está ajudando na segurança dos Jogos de Inverno no balneário russo.
Acompanhados por jornalistas, as ativistas chegam a uma área no centro de Sochi, vestem máscaras de esqui e começam uma performance, cantando a música “Putin Will Teach You Love the Motherland” (Putin vai te ensinar a amar a pátria, em tradução literal). A música, em inglês, é mais uma crítica direta ao presidente russo Vladimir Putin.
Instantes depois, as forças de segurança abordam o grupo e começam a espancá-los. Um fotógrafo que acompanhava a ação também é vítima de chicotadas e empurrões. Uma das líderes da banda, Nadezhda Tolokonnikova, é atirada ao chão e leva uma série de chibatadas. Os cossacos também puxam os cabelos das ativistas e jogam seus instrumentos no lixo. A polícia russa chega ao local minutos depois, quando a confusão já estava no fim. Ninguém foi detido. (Continue lendo o texto)
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Vídeo: Integrantes do Pussy Riot são espancados em Sochi
Nesta terça, Nadezhda e Maria Alyokhina, líderes da banda, permaneceram algumas horas detidas em uma delegacia. As ativistas não foram indiciadas por nenhum crime e, segundo a polícia russa, foram levadas a delegacia para prestar depoimento como testemunhas em um caso de furto registrado no hotel onde estão hospedadas. Além delas, outras sete pessoas que estavam detidas pelo mesmo motivo também foram liberadas sem indiciamentos criminais.
“Chegamos aqui no domingo e nós estamos sendo detidas o tempo todo. Mesmo quando nós estávamos dirigindo o nosso carro e andando na rua. Eles estão procurando por quaisquer razões para nos prender”, disse Nadezhda na saída da delegacia. Ela também disse que esta foi a terceira vez que as duas foram presas, pois tinham sido detidas durante algumas horas na segunda e no domingo.
1/30 Nadezhda Tolokonnikova (E) e Maria Alyokhina (R) em Berlim no dia 10 de fevereiro de 2014 (Johannes Eisele/AFP/AFP)
2/30 As jovens do grupo punk russo Pussy Riot (Andrey Smirnov/AFP/VEJA)
3/30 As jovens do Pussy Riot (Reprodução/VEJA)
4/30 Nadezhda Tolokonnikova, integrante da banda punk russa Pussy Riot, acompanha de dentro de uma jaula as audiências do caso em que as roqueiras são acusadas de "vandalismo cometido por grupo organizado" (Alexandrer Nemenov/AFP/VEJA)
5/30 Juiz russo declarou três integrantes da banda punk Pussy Riot culpadas por vandalismo motivado por ódio religioso (Maxim Shipenkov/EFE/VEJA)
6/30 Nadezhda Tolokonnikova, Yekaterina Samutsevich e Maria Alyokhina, as integrantes do Pussy Riot, durante julgamento (Maxim Shemetov/Reuters/VEJA)
7/30 Manifestação em prol da banda russa Pussy Riot, na Bélgica (Reuters/VEJA)
8/30 Polícia russa prende o famoso enxadrista e ativista de oposição Garry Kasparov (Tatyana Makeyeva/Reuters/VEJA)
9/30 Manifestação em prol da banda russa Pussy Riot, na Noruega (Reuters/VEJA)
10/30 Protesto em prol da banda russa Pussy Riot, na Austrália (Mick Tsikas/EFE/VEJA)
11/30 Manifestante em prol da banda Pussy Riot é preso na Rússia (Reuters/VEJA)
12/30 Protesto em prol da banda russa Pussy Riot, em Londres (Kerim Okten/EFE/VEJA)
13/30 Policial persegue manifestante na Rússia (Reuters/VEJA)
14/30 Manifestação em prol da banda russa Pussy Riot, na Áustria (Reuters/VEJA)
15/30 Manifestação em frente à embaixada da Rússia, nos Estados Unidos (Reuters/VEJA)
16/30 Simpatizantes da banda russa Pussy Riots protestam em frente à embaixada russa, em Londres. Três integrantes do grupo foram levadas à justiça após realizarem um protesto contra o presidente Vladimir Putin dentro de uma igreja. Autoriades querem condená-las a três anos de prisão (Kerim Okten/EFE/VEJA)
17/30 Protesto em prol da banda russa Pussy Riot em Moscou, na Rússia (EFE/VEJA)
18/30 Ativista do grupo Femen é detida durante protesto em prol da liberdade da banda russa Pussy Riot, em frente ao consulado da Rússia, em São Paulo (Nelson Antoine/AP/VEJA)
19/30 Manifestação em prol da banda russa Pussy Riot em Kiev, na Ucrânia (Reuters/VEJA)
20/30 Britânicas durante protesto em prol da banda russa Pussy Riot, na Inglaterra (Reuters/VEJA)
21/30 Manifestação em prol da banda russa Pussy Riot, nos Estados Unidos (Reuters/VEJA)
22/30 Madonna em Moscou (Reprodução/VEJA)
23/30 Protesto em prol da banda russa Pussy Riot, na Austrália (EFE/VEJA)
24/30 Britânica durante protesto em prol da banda Pussu Riot, na Inglaterra (EFE/VEJA)
25/30 Protesto em prol da banda russa Pussy Riot, na Ucrânia (Reuters/VEJA)
26/30 Ativista do grupo Femen durante protesto em prol da liberdade da banda russa Pussy Riot, em frente ao consulado da Rússia, em São Paulo (Nelson Antoine/AP/VEJA)
27/30 Manifestação em frente à embaixada da Rússia, nos Estados Unidos (Reuters/VEJA)
28/30 Manifestante em prol da banda Pussy Riot é preso em Nova York, nos Estados Unidos (Reuters/VEJA)
29/30 Simpatizantes da banda feminina "Pussy Riot" protestam em Berlim, na Alemanha, com balões onde se lê "libertem Pussy Riot" (Adam Berry/AP/VEJA)
30/30 O artista russo Pyotr Pavlensky costurou os lábios em protesto contra a prisão de integrantes da banda punk feminina Pussy Riot (Trend Photo/Reuters/VEJA)
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