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Sobreviventes são resgatados de escombros dois dias após ataque na Ucrânia

Pelo menos nove pessoas foram resgatadas com vida após bombardeio em Donbas, mas número de mortos sobe para 30

Por Matheus Deccache Atualizado em 12 jul 2022, 18h56 - Publicado em 11 jul 2022, 14h34

Equipes de resgate da Ucrânia retiraram nesta segunda-feira, 11, sobreviventes de um prédio destruído por um ataque russo que terminou com a morte de 30 pessoas no leste do país, alvo principal do Exército da Rússia nesta fase da guerra.

Na cidade de Chasiv Yar, equipes de resgate conseguiram retirar duas pessoas dos escombros do prédio de cinco andares atingido no último sábado, 9. Apesar dos salvamentos, um funcionário do gabinete do presidente disse que o número de mortes aumentou desde a última checagem e chegou a 30. Até o momento, nove pessoas foram retiradas com vida dos destroços. 

+ Ataque russo a condomínio no leste da Ucrânia deixa ao menos 15 mortos

Mais ao norte, em Kharkiv, os ataques desta segunda, que contaram com artilharia, foguetes e tanques, já deixaram pelo menos 31 pessoas feridas, de acordo com o governador regional, Oleh Synehubov. Próxima à fronteira com a Rússia, a cidade sofreu com uma série de bombardeios no começo do conflito e conviveu com um período de relativa calma, até voltar a ser foco de ataques nas últimas semanas. 

O Kremlin nega atacar civis, mas muitas cidades, vilas e vilarejos ucranianos foram deixados em ruínas. Desde a invasão, em 24 de fevereiro, ataques a um teatro, shopping e estação ferroviária causaram muitas mortes. De acordo com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a Rússia realizou 34 ataques aéreos desde sábado.

O ataque a Chasiv Yar faz parte do plano da Rússia de dominar toda a região industrial de Donbass, que é parcialmente controlada pelos separatistas apoiadores do país desde 2014, depois de declarar vitória na província de Luhansk no início deste mês. 

Especialistas militares apontam que o Exército russo está usando barragens de artilharia para preparar o caminho para uma nova ofensiva terrestre. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, que pretende entregar o controle da região aos separatistas, começou a facilitar nesta segunda as regras para os ucranianos que desejarem adquirir a cidadania russa. 

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“A Rússia infelizmente tem uma grande vantagem de artilharia”, disse Zelensky a repórteres em Kiev. 

De acordo com o porta-voz da Legião Internacional da Ucrânia, unidade de tropas estrangeiras, a artilharia pesada do país está em desvantagem de aproximadamente oito para um. 

+ Como o conflito na Ucrânia está se tornando uma ‘guerra tecnológica’

O governo ucraniano disse que a onda de bombardeios da última semana foi uma preparação para uma intensificação das hostilidades. Segundo o think tank americano Instituto para o Estudo da Guerra, as tropas russas estão se reagrupando e os ataques pesados tinham como objetivo estabelecer condições para futuros avanços terrestres. 

Enquanto a Rússia intensifica os esforços no leste ucraniano, a Ucrânia pretende lançar uma contra-ofensiva no sul do país, onde perdeu territórios logo no começo da guerra. A vice-primeira-ministra do país, Iryna Vereshchuk, alertou os civis na região de Kherson para evacuarem com urgência, sem dar um prazo específico.

O conflito na Ucrânia expôs também as falhas diplomáticas em toda a Europa e a dificuldade em realizar ações coordenadas. Mesmo com uma série de sanções aplicadas contra o Kremlin, a Rússia continua a lucrar com a venda de petróleo e gás. Nesta segunda, a Lituânia ampliou as restrições aos embarques em seu território para o enclave russo de Kaliningrado, ação que pode render retaliações por parte de Moscou. 

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O foco dos países do Ocidente neste momento é conseguir reabrir os portos do Mar Negro da Ucrânia, que diz estarem fechados por um bloqueio russo. O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, se ofereceu para mediar a questão dos grãos e chegou a conversar com Putin por telefone sobre o assunto, mas nenhuma solução ainda foi proposta.

+ União Europeia alerta para perigo de corte completo do gás russo

No que diz respeito ao fornecimento de energia, há uma preocupação por parte de alguns países europeus e empresas privadas, já que o maior gasoduto que transporta gás da Rússia para a Alemanha está parado devido a uma manutenção anual. Inicialmente programada para durar 10 dias, há a possibilidade da interrupção do fluxo ser interrompida por mais tempo devido à guerra. 

 

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