Um sargento da Guarda Nacional morreu na noite de quarta-feira, elevando para três o número de óbitos somente neste dia durante a onda de protestos violentos entre manifestantes contrários e favoráveis a Nicolás Maduro.
Segundo o dirigente chavista Diosdado Cabello, Neomar San Clemente Barrios, segundo-sargento da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militarizada) foi “assassinado” por um franco-atirador na cidade de San Antonio de los Altos, localizada no estado de Miranda, perto de Caracas, capital venezuelana.
Em seu programa de televisão semanal, Cabello responsabilizou o governador de Miranda e ex-candidato à presidência, Henrique Capriles, pela morte do militar.
Mais cedo, Paola Ramírez Goméz, de 23 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça durante uma manifestação em San Cristóbal, no estado de Táchira. O adolescente Carlos José Moreno Baron, de 17 anos, também foi morto na região onde acontecia um protesto contra Maduro, em Caracas. Segundo a família, Baron não participava das movimentações.
Protestos
Manifestantes contrários e favoráveis ao governo de Nicolás Maduro tomaram as ruas de Caracas e de outras cidades do país desde as primeiras horas da quarta.
Os confrontos com a Guarda Nacional Venezuelana (GNB) também começaram cedo e foram registrados uso de bombas de gás lacrimogêneo contra os manisfestantes em Caracas e diversas outras cidades onde acontecem os protestos contra Maduro.
A oposição organizou o que chamou de “a mãe de todas as marchas” em resposta à tentativa do Tribunal Superior de Justiça (TSJ) de assumir os poderes da Assembleia Legislativa a ao anúncio feito por Maduro na terça-feira sobre a ativação de uma operação militar, policial e civil para derrotar um “golpe de Estado”, que atribui à oposição e aos Estados Unidos.
(Com EFE)