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Sobe para 46 o total de mortos em ataques em Burkina Faso

Atentados na fronteira do país com o Mali levam à decretação de estado de emergência; governo é acusado de abuso de força e execuções

Por Da Redação
4 jan 2019, 18h18

O governo de Burkina Faso elevou para 46 o total de mortes na série de ataques terroristas cometidos recentemente em áreas próximas de sua fronteira com o Mali, segundo meios de comunicação locais.

Nesta sexta-feira, 4, o porta-voz do Poder Executivo, Remeus Fulgance Dandjinou, qualificou os ataques como “desprezíveis” e disse que “ações judiciais estão sendo tomadas” pelo governo.  O presidente de Burkina Faso, Roch Marc Christian Kaboré, “também deu instruções sobre dispositivos de segurança específicos em todo o território”, acrescentou o porta-voz.

Na segunda-feira 31, o governo decretou estado de emergência em sete províncias do norte do país (Haut-Bassin, Boucle du Mouhoun, Cascades, Centro-Leste, Leste, Norte e Sahel), após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros para tratar dos atentados.

O estado de emergência foi decretado depois que dez policiais morreram e três ficaram feridos em uma emboscada preparada por homens armados no final de dezembro na região de Toeni, no noroeste do país, perto da fronteira com Mali.

Kaboré condenou esse “ataque covarde e desprezível”, que “não ficará sem castigo”. “A nossa determinação de lutar contra todas as forças obscuras que querem minar os esforços de desenvolvimento do nosso país e a construção de um verdadeiro Estado de Direito será impecável”, acrescentou o presidente.

O grupo extremista Jama’at Nasr al-Islam wal Muslimin (JNIM), vinculado à rede Al Qaeda na região do Saara, reivindicou a autoria desse atentado, após ter cometido outros ataques em Burkina Faso.

Em outubro do ano passado, pelo menos seis policiais morreram e cinco ficaram feridos no norte de Burkina Faso quando o comboio no qual viajavam foi alvo de um ataque jihadista.

A situação de segurança no país piorou nos últimos anos. Em março do ano passado, ocorreu um grande atentado contra a sede do Estado-Maior do Exército de Burkina Faso e a embaixada da França em Ouagadougou.

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Em maio, a Human Rights Watch (HRW) alertou para a intensificação da violência pelo conflito jihadista em Burkina Faso, mas observou que o governo do país responde com abuso de força e execuções extrajudiciais.

Burkina Faso é um dos cinco países que compõem o G5 do Sahel (junto com Mali, Mauritânia, Níger e Chade). O grupo combate o terrorismo jihadista na região.

(Com EFE)

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