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Sobe para 44 o número de mortos em atentados na Síria

Dois carros-bomba foram detonados próximo a prédios do governo em Damasco; Al Qaeda foi responsabilizada, mas oposição contesta versão

Por Da Redação
23 dez 2011, 18h43

O Ministério do Interior sírio afirmou que o número de mortos em duas explosões de carros-bomba nesta sexta-feira em Damasco subiu para 44. Além disso, 166 pessoas ficaram feridas. No balanço anterior, o governo sírio tinha apontado 40 mortos e 150 feridos. De acordo com a versão oficial do regime comandado pelo ditador Bashar Assad, os ataques foram planejados pelo grupo terrorista Al Qaeda.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança do ditador, que já mataram mais de 5.000 pessoas no país, de acordo com a ONU, que vai investigar denúncias de crimes contra a humanidade no país.
  3. • Tentando escapar dos confrontos, milhares de sírios cruzaram a fronteira e foram buscar refúgio na vizinha Turquia.

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Os atentados acontecem após a chegada de observadores da Liga Árabe ao país, com objetivo de fiscalizar a implantação do plano de paz acordado com o governo de Assad para por fim à violência que já deixou mais 5.000 mortos, segundo as Nações Unidas. “No primeiro dia da presença dos observadores árabes, este é o primeiro presente do terrorismo e da Al Qaeda, mas vamos facilitar ao máximo a missão da Liga Árabe”, afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores, Faysal Meqdad, no local de um dos ataques.

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As explosões ocorreram com poucos minutos de intervalo, no bairro de Kfar Suseh, contra o complexo da Segurança Central do Estado e diante de um prédio dos serviços de Segurança Militar. A TV estatal mostrou imagens chocantes de corpos calcinados ou mutilados, em meio aos escombros dos prédios.Testemunhas disseram que as bombas explodiram após um automóvel forçar sua entrada no complexo de Segurança Central do Estado, e que outro veículo explodiu diante do prédio dos serviços de segurança, na mesma zona.

De acordo com o vice-ministro Meqdad, “o terrorismo quis que o primeiro dia dos observadores em Damasco fosse trágico, mas o povo sírio enfrentará a máquina de matar apoiada por europeus, americanos e certos árabes”. Entretanto, o Conselho Nacional Sírio (CNS), principal movimento da oposição, atribuiu ao regime a “responsabilidade direta” pelos atentados. “O regime sírio, sozinho, tem toda responsabilidade direta nas duas explosões terroristas”. O regime “quis dirigir uma mensagem de advertência aos observadores (da Liga Árabe) para que não se aproximem dos centros de segurança”, declarou o CNS em comunicado.

ONU – O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, afirmou estar “seriamente preocupado com a escalada da violência na Síria” e destacou que é responsabilidade do presidente Bashar Assad implementar totalmente o plano de paz da Liga Árabe. “As explosões de hoje (sexta-feira) em Damasco, que causaram mais mortos e feridos, incrementaram sua crescente preocupação. Toda violência é inaceitável e deve parar imediatamente”, disse o porta-voz da ONU, Martin Nesirky.

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Líderes opositores afirmaram que a decisão do governo sírio de aceitar a missão da Liga Árabe após várias semanas de indecisão era uma mera “manobra” para evitar que a liga apele ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. No meio da semana, o CNS pediu que o conselho condene a repressão do regime de Assad. “Pedimos à Liga Árabe que leve este caso ao Conselho de Segurança da ONU”, disse Omar Edelbi, porta-voz dos Comitês de Coordenação Local, responsável pelas manifestações.

Formada por doze integrantes, a missão observadora do bloco de nações árabes vai preparar a Síria para a chegada de mais monitores nos próximos dias – o número deles pode chegar a 150 ou 200. Sua tarefa será verificar o “fim da violência de todas as partes e assegurar a libertação dos detidos relacionados à atual crise”, de acordo com o texto do plano de paz assinado.

(Com agência France-Presse)

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