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EUA: ataques não atrapalham missão da Liga Árabe

França mostrou ceticismo em relação ao envolvimento da Al Qaeda nas explosões desta sexta em Damasco; oposição questiona versão oficial

Por Da Redação
23 dez 2011, 15h04

O Departamento de Estado americano condenou os ataques suicidas que deixaram ao menos 40 mortos e 150 feridos nesta sexta-feira em Damasco, na Síria, classificando-os de “atos de terrorismo”. Os Estados Unidos, porém, afirmaram que as duas explosões próximas ao edifício da Segurança Central na capital síria não interferem no trabalho da missão de observadores da Liga Árabe, que chegou nesta quinta-feira ao país.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança do ditador, que já mataram mais de 5.000 pessoas no país, de acordo com a ONU, que vai investigar denúncias de crimes contra a humanidade no país.
  3. • Tentando escapar dos confrontos, milhares de sírios cruzaram a fronteira e foram buscar refúgio na vizinha Turquia.

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Os primeiros monitores da Liga Árabe estão na Síria para comprovar se o governo está se engajando no plano de paz para acabar com a crise no país. A princípio, o governo americano atestou a veracidade da versão oficial do regime do ditador Bashar Assad sobre os ataques, atribuídos pelo governo sírio ao grupo terrorista Al Qaeda. A França, no entanto, expressou ceticismo em relação às alegações do país islâmico, por meio do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Bernard Valero. “Nós ainda não temos detalhes sobre a origem dos ataques”, afirmou o francês. Valero disse ainda que a França esta mais preocupada com o fato de a Síria estar “há vários dias” promovendo ações para “mascarar a realidade da opressão”, principalmente por meio da tranferência de presos políticos para prisões secretas.

Oposição – As forças de oposição a Assad, representadas pelo Conselho Nacional Sírio (CNS), questionaram a versão oficial. Omar Idilbi, um dos líderes do CNS, afirmou que as explosões foram “misteriosas porque aconteceram em áreas fortemente vigiadas, onde é difícil entrar de carro”. Os ativistas e opositores do regime interpretam a responsabilidade atribuída a Al Qaeda como parte da estratégia do governo de sustentar que grupos terroristas estão por trás do levante popular.

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“O regime sírio, sozinho, tem toda responsabilidade direta nas duas explosões terroristas”, escreveu em comunicado o CNS, para o qual o regime de Assad “quis dirigir uma mensagem de advertência aos observadores (da Liga Árabe) para que não se aproximem dos centros de segurança”. Ainda segundo a oposição síria, o governo “advertiu os médicos e todos aqueles que trabalham nos hospitais para que não falassem com observadores”.

Para o CNS, o objetivo das autoridades é esconder dos monitores “qualquer rastro que prove os assassinatos, os atos de tortura e as valas comuns”. Além dos movimentos de oposição, o ex-primeiro ministro libanês Saad Hariri, cujo pai foi assassinado em um atentado em 2005, criticou o governo sírio, afirmando que as explosões foram “planejadas” pelo regime de Assad.

(Com agência France-Presse)

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