Santo Domingo, 6 fev (EFE).- Após o naufrágio de uma frágil embarcação no litoral nordeste dominicano, registrado no último sábado, 18 mortes já foram confirmadas pelas autoridades, enquanto as equipes de resgate, apoiadas pela guarda costeira dos Estados Unidos, seguem na busca dos desaparecidos.
O naufrágio ocorreu na madrugada do último sábado em frente às costas de Samaná (nordeste) e Hato Mayor (este). De acordo com os sobreviventes, a embarcação, que transportava clandestinamente 70 pessoas até Porto Rico, começou a encher de água depois que a parte inferior da barca se rompeu devido às fortes ondas e ao peso dos ocupantes.
O diretor da Defesa Civil de Hato Maior, Luis Armando Frías, disse à agência Efe que já foram resgatados oito sobreviventes e mais 18 corpos. No entanto, esse número pode aumentar até a conclusão dos trabalhos de resgate.
As equipes de resgate, os bombeiros e a Marinha de Guerra e da Guarda Litorânea dos EUA retomaram suas atividades logo nas primeiras horas desta segunda-feira para tentar encontrar possíveis sobreviventes ou vítimas do naufrágio da yola (embarcação artesanal), que partiu da província María Trinidad Sánchez na madrugada da última sexta-feira.
De acordo com os sobreviventes, os organizadores cobravam entre US$ 770 e 1,025 mil pela viagem à vizinha ilha de Porto Rico.
A cada ano milhares de dominicanos partem em direção as costas porto-riquenhas para fugir da precária situação econômica na qual vivem.
No último mês de dezembro, três pessoas faleceram e dezenas ficaram desaparecidas por conta de um naufrágio próximo da praia de Matancita, no nordeste dominicano. Na ocasião, cerca de 30 pessoas conseguiram se salvar nadando, segundo as autoridades da Defesa Civil do município de Nagua, onde fica a praia de Matancita. EFE