O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, afirmou que a situação em Gaza não permite “dizer se será hoje, amanhã ou quando” o grupo do Brasil, que conta com 34 pessoas, incluindo nacionais e parentes próximos, poderá deixar a região. A declaração desta sexta-feira, 10, foi feita pouco depois de o Egito voltar a fechar sua fronteira com a Faixa de Gaza, única rota de saída da zona de guerra entre Israel e o Hamas.
“A passagem é complexa porque a passagem de Rafah fica aberta durante algumas horas do dia e há entendimento entre as partes de que em primeiro lugar passam ambulâncias com feridos, e só depois disso passam os nacionais de outros países, e foi o que aconteceu hoje, ontem e até a quarta-feira, em que não houve passagem do lado da Faixa de Gaza para o Egito”, disse Vieira.
+ Egito fecha rota de saída de Gaza e brasileiros não conseguem passar
Depois de frustrações e atrasos, a inclusão dos brasileiros na lista foi confirmada na quinta pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, durante conversa com Vieira. Na manhã desta sexta-feira, então, o grupo havia sido autorizado a deixar a zona de guerra, mas a fronteira foi fechada e nenhum estrangeiro com permissão para deixar o enclave palestino, incluindo brasileiros, conseguiu atravessar.
Durante a semana, a rota já havia sido fechada. Autoridades egípcias afirmaram que havia divergências sobre a segurança das ambulâncias que transferiam civis feridos para fora de Gaza, com suspeitas de que havia integrantes do Hamas nos veículos.