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Situação do governo de Merkel se complica após derrota eleitoral

Por Da Redação
14 Maio 2012, 11h33

Rodrigo Zuleta.

Berlim, 14 mai (EFE).- A situação do governo da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, complicou-se após a clara derrota de seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU), nas eleições regionais da Renânia do Norte-Vestfália, o que a oposição interpretou como um voto contra sua política europeia.

Nesta segunda-feira, um dia após o pior resultado da história da legenda neste estado, Merkel insinuou um possível compromisso com a oposição em torno do pacto fiscal da UE.

Enquanto isso, a oposição social-democrata e verde, aliada para governar no estado alemão mais povoado às margens do Reno, interpretou o resultado como um sinal às vésperas das eleições gerais do próximo ano.

‘Angela Merkel e seus aliados já não têm perspectivas de poder’, disse o líder do Partido Social-Democrata (SPD), o principal da oposição na Alemanha, Sigmar Gabriel.

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O político lembrou também que a atual coalizão de governo formada pela CDU de Merkel e o Partido Liberal não conseguiu ganhar nenhuma das 11 eleições regionais que foram realizadas desde que assumiu o poder, em 2009.

Merkel, por sua vez, procurou virar a página sobre a derrota o mais rapidamente possível para voltar às tarefas governamentais. Questionada sobre as consequências da derrota para a política europeia, Merkel disse que, a princípio, não havia relação entre os dois temas, mas acrescentou que se reunirá com os partidos da oposição alemã para falar sobre a ratificação do pacto fiscal e sua complementação com um programa de crescimento na UE.

‘Vou me reunir com os partidos de oposição para ver quais expectativas existem. Contra medidas que fomentem o crescimento ninguém tem se opõe na CDU, mas devemos analisar como elas afetam a política de consolidação’, afirmou Merkel em entrevista coletiva.

A ratificação do pacto fiscal pode indicar uma reforma da Constituição alemã, para a qual é preciso uma maioria de dois terços tanto na Câmara baixa do Parlamento (Bundestag) como na Câmara alta, onde estão representados os governos dos 16 estados federados.

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Por isso, Merkel necessita chegar a um acordo com o SPD e os Verdes, que são partidários – assim como o presidente francês, François Hollande – de complementar o pacto fiscal com medidas que fomentem o crescimento e a geração de empregos.

Ao abrir as portas a um possível compromisso com a oposição justo um dia antes da primeira visita de Hollande a Berlim, Merkel insistiu hoje em sua convicção de que entre o crescimento e uma política fiscal sólida não há contradição, e disse que a crise grega, em particular, e a do euro, em geral, não vêm de um excesso de cortes, mas da falta de austeridade.

A chanceler indicou que esse tinha sido o começo da espiral que havia levado a uma alta dos juros para os títulos de dívida grega, o que tinha tornado necessário um programa de ajuste para a Grécia.

No entanto, Merkel acrescentou que ‘também é verdade que quanto mais crescimento houver, mais possibilidades há de reduzir a dívida’, por isso é preciso buscar fórmulas para buscar um crescimento sustentado.

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Durante a campanha eleitoral da Renânia do Norte-Vestfália, o tema da dívida ocupou um papel importante, e o candidato derrotado da CDU, Norbert Röttgen, chegou a dizer que em parte se tratava de um plebiscito sobre a estratégia europeia de Merkel. EFE

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