Os Comitês de Coordenação Local na Síria revisaram neste domingo a estimativa de mortos pela repressão do regime do ditador Bashar Assad. De acordo com os grupos, o número de vítimas chegou a 5.862 pessoas desde março, quando começaram as manifestações pedindo a saída de Assad do poder.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança do ditador, que já mataram mais de 5.000 pessoas no país, de acordo com a ONU, que vai investigar denúncias de crimes contra a humanidade no país.
- • Tentando escapar dos confrontos, milhares de sírios cruzaram a fronteira e foram buscar refúgio na vizinha Turquia.
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Entre os mortos, encontram-se 395 menores de idade e 146 mulheres. Os grupos afirmaram ainda que 287 pessoas perderam a vida após terem sido torturadas pelas forças de segurança sírias. O número revelado pelas entidades é similar aos comunicados divulgados pela Organização das Nações Unidas. De acordo com a com a ONU, o número de vítimas subiu para 5.000 no início do mês de dezembro.
Segundo os Comitês, o ano de 2012 também começou violento: duas pessoas morreram em Hama, um dos redutos da oposição no país. As organizações denunciaram que existem franco-atiradores nos edifícios da cidade, onde se escutam tiros em muitos lugares.
A repressão na Síria continua mesmo após a chegada dos observadores da Liga Árabe, que desembarcaram no país para verificar se o governo retirou as tropas do exército das ruas, conforme acordo de paz assinado com a organização.
(Com agência EFE)