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Síria: bombardeios e rumores de deserção do VP

Rebeldes afirmam que homem de confiança de Assad fugiu para a Jordânia, mas regime nega. Enquanto isso, episódios de violência prosseguem

Por Da Redação
18 ago 2012, 16h28
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  • Em meio a rumores de que o vice-presidente sírio, Faruk al-Shara, desertou e fugiu para a Jordânia, áreas controladas pelos rebeldes continuavam sendo alvo de bombardeios por parte do exército sírio neste sábado. A deserção de Shara, anunciada por redes de televisão árabes citando fontes insurgentes, foi negada pelo regime

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    O vice-presidente da Síria, Faruk al-Shara
    O vice-presidente da Síria, Faruk al-Shara (VEJA)

    “O vice-presidente não pensou em nenhum momento em sair do país”, afirmou a rede de televisão estatal, creditando a informação a um comunicado do gabinete de Faruk al-Shara – imagens recentes do homem de confiança de Bashar Assad, no entanto, não foram exibidas. Shara é a personalidade sunita mais proeminente do poder alauíta. Antes de se tornar vice-presidente, em 2006, foi, durante 15 anos, chefe da diplomacia. Em um comunicado, o comando do opositor Exército Sírio Livre (ESL) afirma que, segundo “informações preliminares, teria ocorrido uma tentativa de deserção” que “terminou em fracasso”.

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    Para Abdo Hussameddin, ex-ministro sírio de Petróleo que abandonou o país em março, Shara teria tentado escapar do país, embora “há certo tempo esteja em uma casa vigiada”.

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    Ultimamente, o regime sírio é atingido por deserções de membros do alto escalão, como a do primeiro-ministro Riad Hijab ou a do general Manaf Tlass, o oficial do exército de mais alta patente a ter abandonado o regime, e que era amigo de infância do presidente Bashar al-Assad.

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    Segundo o comunicado de seu gabinete, o vice-presidente Shara saudou a nomeação, na véspera, do novo mediador internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi. Shara é favorável a “uma posição unificada do Conselho de Segurança da ONU para que (Brahimi) possa realizar sua possível missão sem obstáculos”, afirma a nota.

    Brahimi, de 78 anos, substitui no cargo Kofi Annan, que apresentou sua renúncia diante do fracasso de seu plano de paz. A nomeação foi feita um dia após o Conselho de Segurança ordenar, na quinta-feira, o fim da missão de observadores da ONU na Síria, diante da falta de acordo dos países para pôr fim a um conflito que se agrava a cada dia. Mas o novo enviado das Nações Unidas e da Liga Árabe para a Síria disse ter pouca confiança que o fim da guerra civil síria esteja próximo. “Vou dedicar todos os meus esforços, vou fazer o máximo possível”, declarou à rede de televisão France 24.

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    O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu um apoio internacional “forte, claro e unificado” a Brahimi. A China, país aliado de Damasco, e os Estados Unidos, que pedem a renúncia de Bashar al-Assad, também prometeram apoiar Brahimi. A Rússia também elogiou a nomeação de Brahimi, com a esperança de que retome o plano de paz de Annan e o acordo de Genebra, que propunha uma transição política no país.

    Bombardeios – Enquanto isso, no campo de batalha os episódios de violência prosseguem. A cidade de Azaz, situada na província de Alepo, foi bombardeada neste sábado pela aviação do regime, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), uma ONG que se apoia em uma rede de militantes e testemunhas. Além disso, bairros de Alepo, palco há um mês de uma batalha crucial entre os rebeldes e o regime, estavam sendo bombardeados, e eram registrados combates em outros setores.

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    A cidade de Hirak, na província de Deraa (sul), também foi alvo de fortes bombardeios, e em Homs, onde os rebeldes continuam controlando vários bairros, o setor de Khaldiyé estava sendo bombardeado, o que deixou um morto entre os civis. Já em Damasco, o general Babacar Gaye, chefe da missão de observadores da ONU, que termina seu mandato no domingo, acusou o exército regular e os rebeldes de não respeitarem as obrigações em matéria de proteção aos civis, que morrem em grande número devido aos bombardeios e aos combates.

    “As duas partes têm a obrigação, no âmbito do direito humanitário internacional, de garantir que os civis sejam protegidos”, declarou o chefe atual da UNSMIS à imprensa em Damasco. “Estas obrigações não foram respeitadas”, disse. Por sua vez, segundo a agência nacional libanesa, três sírios que haviam sido sequestrados por homens armados na estrada para o Aeroporto Internacional de Beirute foram libertados neste sábado. “Eles foram libertados depois de terem sido roubados”, informou a agência.

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    (Com agência AFP)

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