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Kofi Annan renuncia a cargo de mediador da ONU na Síria

Enviado tentou, em vão, estabelecer um cessar-fogo entre Assad e a oposição

Por Da Redação
2 ago 2012, 12h08

O mediador da Liga Árabe e da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria, Kofi Annan, renunciou ao cargo, informou nesta quinta-feira o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. A demissão acontece após meses de tentativas infrutíferas de estabelecer um cessar-fogo e mediar uma saída para a guerra civil no país.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

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Ban anunciou “com profundo pesar” a renúncia de Annan, que foi nomeado para o posto no dia 23 de fevereiro deste ano. O seu mandato expira em agosto, e ele decidiu não renová-lo. “Annan merece nossa profunda admiração pelo modo altruísta com que usou suas formidáveis habilidades no que é provavelmente a mais difícil das incumbências”, disse Ban.

“É impossível para mim ou para qualquer outra pessoa convencer o governo e a oposição a dar os passos necessários para abrir um processo político”, disse Annan em entrevista coletiva em Genebra, na qual voltou a denunciar a falta de unidade na comunidade internacional para pôr fim a 17 meses de conflito armado.

Agora, o secretário-geral da ONU conversa com a Liga Árabe para encontrar um substituto de Annan enquanto a violência aumenta gradativamente na Síria. “Eu continuo convicto de que mais derramamento de sangue não é a resposta. Cada dia de matança dificulta ainda mais uma mudança enquanto traz mais sofrimento ao país e perigo à região”, afirmou Ban.

Annan viajou à Síria diversas vezes e lançou duas propostas, sendo que a segunda sugeria a formação de um governo de transição que inclui representantes do regime sírio e da oposição. Ele também tentou estabelecer um cessar-fogo, que foi desrespeitado por ambas as partes. No seu ‘plano de seis pontos’, ele previa o fim das armas pesadas, a passagem livre para ajuda humanitária, liberdade de expressão e de imprensa, e um processo político para atender às demandas da população.

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