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‘Síndrome de Havana’ não partiu de operação estrangeira, diz CIA

Segundo estudo feito pela agência, maior parte dos caso pode ser explicada por questões ambientais ou condições médicas não diagnosticadas anteriormente

Por Da Redação 21 jan 2022, 11h03

A Agência Central de Inteligência americana, a CIA, concluiu que a maioria dos casos da doença misteriosa conhecida como “síndrome de Havana”  provavelmente não foi causada por operações secretas estrangeiras. Segundo um estudo feito pela agência, a maior parte dos cerca de mil casos relatados pode ser explicada por questões ambientais, condições médicas não diagnosticadas anteriormente ou estresse.

De acordo com as conclusões provisórias apresentadas pela agência, é “improvável que um agente externo, incluindo a Rússia, esteja conduzindo uma campanha global contínua que afete pessoal dos EUA com uma arma ou mecanismo”.

Ainda assim, o documento deixa a porta aberta para a possibilidade de alguns funcionários terem sido vítimas de um ataque desconhecido, dizendo que a presença externa não foi excluída “em casos específicos” que ainda estão em análise.

Diversos parlamentares também pediram que a CIA continue as investigações, especialmente dos casos que ainda não têm respostas definitivas.

“A avaliação de hoje, embora conduzida rigorosamente, reflete apenas parte do trabalho da força-tarefa da CIA”, disse o senador democrata Mark Warner, presidente do comitê de inteligência do Senado, que irá “continuar pressionando por respostas com apoio bipartidário”.

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Relatada pela primeira vez por diplomatas americanos em Cuba no ano de 2016, a síndrome causa sintomas como tontura, dores de cabeça e diminuição da audição. Apesar de não ter explicação concreta, cientistas americanos disseram que pode ter relação com radiação de microondas direcionada. 

Na época dos primeiros relatos, Estados Unidos chegaram a acusar Cuba de realizar “ataques sônicos”, sem apresentar quaisquer evidências concretas. Um estudo realizado em 2019 encontrou “anormalidades cerebrais” nos diplomatas que adoeceram, mas os cubanos rejeitam o relatório.

Posteriormente, autoridades americanas disseram ter ligação com a Rússia, que também negou qualquer ato.

A questão intriga autoridades americanas desde os primeiros casos em Cuba. Desde então, centenas de casos foram relatados em mais de uma dezena de países, como China, Alemanha, Taiwan e Austrália, especialmente após a CIA e o Departamento de Estado pedirem para funcionários se apresentarem caso apresentassem sintomas. Não se sabe quantos relatos foram confirmados posteriormente como casos medicamente diagnosticados.

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Em um raro comunicado, o diretor da CIA, Bill Burns, disse que os sintomas são “reais” e que a investigação “ainda não está finalizada”.

“Estamos atrás desta questão complexa com rigor analítico e expertise. Dedicamos recursos extensos para este desafio”, disse. “Enquanto causas subjacentes podem ser diferentes, nossos oficiais estão sofrendo sintomas reais”.

No entanto, para o advogado Mark Zaid, que representa algumas das pessoas afetadas, o estudo da CIA busca reprimir “uma revolta dentro de sua equipe porque os agentes não querem ir para o exterior”.

“O relatório da CIA é desinformação”, disse ele, observando que outras agências da comunidade de inteligência dos EUA discordaram do documento. 

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