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Senador americano defende intervenção militar na Venezuela

Marco Rubio alega que a crise gerada pela ditadura de Maduro traz ameaça à segurança dos países sul-americanos e dos EUA

Por Da Redação
30 ago 2018, 20h30

O senador republicano Marco Rubio, do estado da Flórida, defendeu hoje (30) a opção militar para a solução da crise na Venezuela em entrevista à rede de televisão Univisión. Rubio alegou que “as circunstâncias mudaram” e que, atualmente, há argumentos para considerar o governo de Nicolás Maduro uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos e da região.

“Acho que as Forças Armadas dos Estados Unidos apenas são utilizadas em caso de ameaça à segurança nacional”, disse Rubio. “Penso que há um argumento muito forte que pode fazer neste momento com que a Venezuela e o regime de Maduro tenham se tornado uma ameaça à região e, inclusive, aos Estados Unidos.”

Ele esclareceu que, “por meses e por anos”, defendeu uma opção “não militar e pacífica” para a Venezuela. Mas, agora, “as circunstâncias mudaram”. Filho de cubanos, o senador é um ferrenho crítico do governo de Maduro e uma das vozes mais influentes em Washington sobre a política americana para Cuba e Venezuela.

Rubio relatou ter discutido o tema na terça-feira com o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton. No encontro, argumentou que o governo de Maduro apoia narcotraficantes, guerrilheiros e grupos terroristas que “estão ameaçando a estabilidade da Colômbia e estão desestabilizando vários países”.

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“E se Maduro pede (ao presidente russo, Vladimir) Putin para enviar aviões militares, por exemplo, isto vai se acelerar ainda mais. Eu acho que as circunstâncias mudaram”, insistiu.

Dona de uma das maiores reservas petroleiras do mundo, a Venezuela está mergulhada em crises econômica e humanitária sem precedentes. A consequência é a migração de mais de 2,3 milhões de venezuelanos, sobretudo para os países vizinhos.

A Colômbia recebeu mais de 1 milhão de imigrantes. O Equador abriga cerca de 340 mil, e o Peru, ao redor de 500 mil. Ambos os países insistem na adoção de medidas de restrição do ingresso de venezuelanos, decretaram emergência por causa da imigração e pedem ajuda internacional.

O Brasil recebeu 60.000 venezuelanos, mas essa imigração causou severa crise em Roraima, a principal porta de entrada. O governo dá declarações dúbias sobre a possível restrição da entrevada dos imigrantes, mas abriu a porta dos quarteis do Exército no estado para possíveis ações contra a violência.

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Em fevereiro deste ano, Rubio havia dito que o mundo apoiaria um golpe de Estado liderado pelas forças armadas venezuelanas. Mas não tinha evocado a intervenção estrangeira. Há um ano, esta opção foi mencionada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os países latino-americanos rechaçaram essa alternativa.

O Brasil se mantém avesso à possibilidade de intervenção militar estrangeira na Venezuela. Para o governo, a medida apenas tenderia a reforçar e justificar a permanência de Maduro no poder. A crise venezuelana, do ponto de vista de Brasília, deverá se acentuar até provocar, por si só, o fim do redime ditatorial de Maduro.

 

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