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Sem combustível, ONU diz que operações em Gaza podem acabar nesta quarta

O insumo é necessário para o funcionamento de hospitais, bem como bombear e dessalinizar água; Israel acusa Hamas de interceptar entregas

Por Da Redação
Atualizado em 25 out 2023, 10h00 - Publicado em 25 out 2023, 09h51

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) disse nesta quarta-feira, 25, que suas operações humanitárias em Gaza podem ser encerradas até o final do dia se nenhum combustível for entregue ao território.

O combustível é necessário para o funcionamento dos hospitais, para bombear e dessalinizar água – um dos únicos meios na região para que ela fique potável – e para manter padarias funcionando. Segundo a UNRWA, os suprimentos estão à beira do esgotamento, e a crise humanitária está piorando.

“Se não conseguirmos combustível com urgência, seremos forçados a interromper as nossas operações na Faixa de Gaza a partir de amanhã à noite”, escreveu a UNRWA no X, antigo Twitter, nesta terça-feira 24.

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“As entregas de combustível devem ser permitidas para garantir que as pessoas tenham água potável, os hospitais possam permanecer abertos e as operações de ajuda que salvam vidas possam continuar”, acrescentou.

Cerca de 600 mil pessoas foram deslocadas internamente na Faixa de Gaza desde o início dos bombardeios de Israel, em 7 de outubro, em resposta ao mortífero ataque do grupo terrorista palestino Hamas ao sul do país. A maioria está abrigada em 150 centros humanitários da UNRWA, segundo a agência, que ressalta que os abrigos estão quatro vezes acima da sua capacidade.

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Pelo menos 40 das instalações foram afetadas por bombardeios, levando muitas pessoas a dormirem nas ruas.

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Sem combustível, a água não pode ser bombeada ou dessalinizada. Nas últimas duas semanas, grande parte da população de Gaza acabou bebendo água suja e salgada. Geradores que alimentam hospitais também irão parar, tornando incubadoras para bebês prematuros, respiradores e máquinas de diálise inutilizáveis.

Seis hospitais em Gaza já foram fechados devido à falta de combustível desde o início do cerco total de Israel ao enclave palestino há duas semanas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Pacientes vulneráveis – entre eles 1.000 pessoas que dependem de diálise e 130 bebês prematuros – correm risco de vida devido aos cortes de energia.

De acordo com a porta-voz da UNRWA, Juliette Touma, Gaza precisa de pelo menos 160 mil litros de combustível por dia para necessidades básicas.

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Israel impediu que novas entregas de combustível cheguem a Gaza, porque acusa o Hamas de interceptar os insumos para uso próprio. Herzi Halevi, chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (FDI), havia afirmado anteriormente que o governo permitiria a entrada de combustível no território palestino, mas “não permitiria” que os terroristas se aproveitem disso.

A UNRWA afirmou que apenas oito dos 20 caminhões de ajuda humanitária que deveriam entrar em Gaza pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, fizeram a travessia na passaram na terça-feira 24, sem aparente explicação. A ONG Crescente Vermelho Palestino disse que cinco dos veículos carregavam água, dois continham alimentos e um, remédios.

Segundo as Nações Unidas, Gaza normalmente recebe 455 caminhões de ajuda por dia. Mas desde 21 de outubro, quando as entregas foram retomadas pela fronteira egípcia (as fronteiras de Israel com o enclave continuam fechadas), foram apenas 62 caminhões, o que representa cerca de 1% do que costumava entrar no território diariamente.

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