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Russo que pregou os testículos na Praça Vermelha é liberado

Justiça russa libertou o pintor e ativista Pyotr Pavlensky sem acusações

Por Da Redação
11 nov 2013, 13h21
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  • O pintor e ativista russo Pyotr Pavlensky, que pregou seus testículos com um martelo nos paralelepípedos da Praça Vermelha de Moscou em uma ação de protesto contra o Kremlin, foi liberado nesta segunda-feira sem acusações. O tribunal Tverskoy da capital russa se negou a estudar a denúncia apresentada pela polícia por “falta de indícios” de um delito, segundo Yekaterina Korotova, porta-voz da corte.

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    Yekaterina explicou que o expediente aberto pela polícia se baseia num artigo do Código Penal russo, que descreve o delito de “leve vandalismo” como uma violação da ordem pública “com agressão e blasfêmia”, indícios que não figuram na denúncia. Pavlensky, por sua vez, se mostrou surpreso por sua libertação e a recusa do tribunal de abordar seu caso. “Eu não entendi o que acabou de acontecer no tribunal. Foi muito inesperado”, disse o pintor à emissora de rádio russa RSN.

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    ​O ativista foi hospitalizado e depois detido após pregar seus testículos em frente ao mausoléu de Lênin na Praça Vermelha de Moscou, em uma ação de protesto que o polêmico artista denominou ‘Fixação’ e que coincidiu com a celebração na Rússia do dia da polícia. Completamente nu e com suas partes íntimas cravadas nos paralelepípedos, Pavlensky ficou imóvel durante mais de uma hora, em uma ação que qualificou de “metáfora da apatia, indiferença política e fatalismo da sociedade atual russa”.

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    O artista russo Pyotr Pavlensky costurou os lábios em protesto contra a prisão de integrantes da banda punk feminina Pussy Riot, na segunda-feira
    O artista russo Pyotr Pavlensky costurou os lábios em protesto contra a prisão de integrantes da banda punk feminina Pussy Riot, na segunda-feira (VEJA)
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    Não é a primeira vez que o artista de São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia, usa o próprio corpo para expressar seu protesto contra o governo do presidente russo, Vladimir Putin. Em 3 de maio, Pavlensky ficou totalmente nu para se enrolar em um arame farpado em frente ao edifício da assembleia legislativa de São Petersburgo, em uma ação que chamou ‘Corpo’ e que simbolizava “a existência humana em um ambiente de repressão legal, quando o mais mínimo movimento provoca uma duríssima reação do sistema legislativo, que se crava no corpo do indivíduo”.

    Em junho, Pavlensky costurou a própria boca em uma ação de apoio ao grupo punk Pussy Riot. Duas de seus integrantes estão presas por cantar contra Putin em um templo da Igreja Ortodoxa Russa.

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    (Com agência EFE)

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