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Rússia registra recorde de mortes por Covid e reavalia plano de vacinação

Agravamento levou autoridades russas, incluindo presidente Putin, a impor novas restrições e criar planos de imunização compulsória

Por Da Redação 22 jun 2021, 18h30
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  • A Rússia registrou nesta terça-feira, 22, seu maior número diário de mortes por Covid-19 desde o início de fevereiro, em um crescimento acentuado de infecções gerado pela propagação da variante Delta do coronavírus.

    Com as 546 mortes registradas nesta terça-feira, o número oficial de mortes no país chega a 130.347 pessoas, o sexto maior do mundo, de acordo com a força-tarefa de Moscou para o combate à pandemia.

    Junto ao aumento de mortes, a força-tarefa também relatou 16.715 novas infecções nesta terça-feira, o dobro do registrado há um mês.

    As autoridades russas afirmam que a variante Delta do coronavírus, mais transmissível e identificada pela primeira vez na Índia, é a responsável pelo aumento de infecções. Agora, elas tentam acelerar a campanha nacional de vacinação para tentar contê-la.

    Até esta semana, as autoridades russas, incluindo o presidente, Vladimir Putin, haviam insistido na natureza voluntária da vacinação, mas o agravamento da situação da epidemia e a relutância de parte da população em ser vacinada levou a uma revisão desta abordagem.

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    Em Moscou, por exemplo, o aumento de casos fez com que a prefeitura ordenasse na semana passada a vacinação compulsória de pelo menos 60% dos funcionários do setor de serviços e a reforçar outras medidas de saúde.

    Apesar de já ter aprovado quatro vacinas fabricadas no país, incluindo a proeminente Sputnik V, os números de imunização ainda são baixos. Segundo o portal “Gogov.ru”, um site que fornece dados atualizados e detalhados por região sobre o número de imunizações no país, até hoje na Rússia foram vacinadas 19,56 milhões de pessoas, o que representa 13,38% da população. Em Moscou, o percentual sobe para 14,2%, com 1,8 milhão de vacinados.

    Em algumas partes do país, como em Moscou, autoridades anunciaram novas restrições, citando situações “muito difíceis”.

    “As decisões que estamos tomando são difíceis, impopulares, mas necessárias para salvar vidas”, disse o prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin. Ele acrescentou que mais de 14.000 pessoas em condições graves com Covid-19 estão internadas em hospitais da cidade.

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    Todos os eventos esportivos ou de entretenimento com mais de 500 pessoas foram proibidos a partir desta terça-feira na capital. Além disso, restaurantes, cafés e bares só poderão permitir a entrada de clientes que foram vacinados contra o coronavírus, tiveram a doença e se recuperaram dentro dos últimos seis meses ou possam apresentar um teste negativo para o coronavírus feito dentro das 72 horas anteriores.

    Para comprovar os documentos solicitados, os clientes terão que obter um código a partir de um site do governo.

    Na sexta-feira, Sobyanin afirmou que que quase 90% dos moscovitas agora diagnosticados com a doença infecciosa foram infectados com a cepa Delta.

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