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Rússia realiza ataque aéreo em Kiev durante visita da ONU

A empreitada russa ocorre um dia depois de Antonio Guterres se encontrar com Vladimir Putin, em Moscou, Volodymyr Zelensky, em Kiev

Por Da Redação
29 abr 2022, 09h49

Moscou confirmou nesta sexta-feira, 29, que realizou um ataque aéreo em Kiev na véspera, durante a visita do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

O Ministério da Defesa em Moscou disse em seu briefing diário que duas “armas aéreas de alta precisão e longo alcance” destruíram edifícios onde o míssil Artyom é produzido, e os da empresa espacial da capital ucraniana na noite de quinta-feira 28.

Vitali Klitschko, prefeito de Kiev, disse nesta sexta-feira, 29, que um corpo foi encontrado após o ataque nos escombros de um prédio residencial de 25 andares no distrito de Shevchenkivskyi da capital.

A Radio Free Europe/Radio Liberty, organização de mídia financiada pelos Estados Unidos, disse que um membro de sua equipe, a jornalista e produtora Vera Gyrych, morreu “devido a um míssil russo que atingiu a casa onde ela morava” durante os ataques em meio à visita de Guterres.

A empreitada russa ocorre um dia depois de Guterres se encontrar com o líder do Kremlin, Vladimir Putin, em Moscou, e logo após suas conversas com o líder ucraniano Volodymyr Zelensky.

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O ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, disse que os ataques foram um “ato hediondo de barbárie”. O ministro da Defesa ucraniano, Oleksiy Reznikov, descreveu-os como “um ataque à segurança do secretário-geral e à segurança mundial”.

Lord Malloch-Brown, ex-vice-secretário-geral das Nações Unidas, disse que a comunidade internacional “reconhecerá o secretário-geral não pode ser tratado dessa maneira desrespeitosa, casual e francamente perigosa por Putin”.

Zelensky afirmou que o ataque “diz muito sobre a verdadeira atitude da Rússia em relação às instituições globais, sobre os esforços da liderança russa para humilhar as Nações Unidas e tudo o que a organização representa. Exige uma resposta forte.”

Um dia depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu ao Congresso que enviasse até US$ 33 bilhões para ajudar Kiev, a Ucrânia disse que estava sofrendo pesadas perdas. As forças de Moscou, que não conseguiram tomar a capital, redobraram seus esforços para capturar a região oriental de Donbas.

Mesmo assim, o porta-voz do governo ucraniano disse que as baixas no exército russo foram ainda piores. “Temos perdas sérias, mas as perdas dos russos são muito, muito maiores… Eles têm perdas colossais”, disse Oleksiy Arestovych, assessor do presidente ucraniano, nesta sexta-feira.

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O escritório de Zelinsky disse que a Rússia estava atacando toda a linha de frente em Donetsk, uma das duas províncias de Donbas, com foguetes, artilharia, morteiros e aeronaves.

Também nesta sexta-feira, uma operação foi planejada pela Ucrânia para retirar civis de Mariupol, a cidade portuária sitiada pela Rússia onde o exército ucraniano e civis resistem na siderúrgica Azovstal.

“Uma operação para evacuar civis da fábrica de Azovstal está planejada para hoje”, disse em comunicado. A Rússia disse na semana passada que ganhou o controle total de Mariupol, exceto pela enorme área industrial.

Guterres disse na quinta-feira que as Nações Unidas estão fazendo “todo o possível” para garantir a retirada de civis do “apocalipse” em Mariupol. Os corpos de 1.150 civis foram recuperados na região ao redor de Kiev desde a saída do exército russo da área no início deste mês. Segundo a polícia de Kiev, mais de 50% dos cadáveres têm ferimentos de balas.

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