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Rússia mandou matar dissidente checheno em Berlim, conclui tribunal alemão

Após decisão sobre caso de 2019, governo alemão acusou Kremlin de infringir sua soberania e expulsou dois diplomatas russos

Por Da Redação 15 dez 2021, 15h40

O governo da Alemanha expulsou dois diplomatas russos e acusou o Kremlin de infringir sua soberania, após um tribunal alemão decidir nesta quarta-feira, 15, que o assassinato em 2019 de um dissidente checheno em Berlim ocorreu a mando de autoridades russas.

Zelimkhan “Tornike” Khangoshvili, um cidadão georgiano de 40 anos que lutou contra a Rússia durante a segunda guerra chechena no início da década de 2000, levou dois tiros na cabeça em um parque na região central de Berlim.

Os juízes da corte em Berlim condenaram nesta quarta-feira o suspeito Vadim Krasikov a uma pena de prisão perpétua. Krasikov, de 56 anos, foi detido com documentos falsos para entrar na Alemanha e é ligado aos serviços de segurança russos.

Testemunhas dizem ter visto o suspeito jogar uma bicicleta, uma arma e uma peruca em um ponto próximo ao local do crime. Ele foi detido antes de conseguir fugir em uma scooter elétrica estacionada no parque.

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“Em junho de 2019, as autoridades do Estado russo ordenaram que o acusado aniquilasse a vítima em Berlim”, disse o juiz Olaf Arnoldi, que presidiu a sessão. De acordo com o tribunal, serviços de segurança russos teriam fornecido uma identidade falsa, um passaporte falso e recursos para que Krasikov desse prosseguimento ao assassinato.

Segundo Arnoldi, a pena de prisão perpétua é justificada pela chamada “gravidade particular da culpa” exigida pela lei alemã. “Quatro crianças perderem o pai, e dois irmãos, o irmão”, acrescentou.

Após a decisão, o governo alemão declarou como “personae non gratae” dois diplomatas que trabalham na embaixada russa em Berlim.

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“Este assassinato a mando do Estado representa uma grave violação à lei alemã e à soberania da República Federal da Alemanha”, disse a ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock.

Em resposta, o embaixador russo para a Alemanha, Sergei Nechayev, afirmou que o veredicto tem motivação política e que Moscou considera a decisão como “discriminatória e politicamente motivada que coloca pressão considerável nas já difíceis relações alemãs-russas”.

A vítima era classificada como terrorista pelos serviços de segurança russos, que tentavam extradição junto às autoridades alemãs, pelo envolvimento em um ataque a bomba no metrô de Moscou. Segundo o presidente russo, Vladimir Putin, Khangoshvili era um “combatente muito cruel e sangrento”.

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