Rússia expulsa 10 diplomatas dos EUA em resposta às sanções de Biden
Kremlin também impedirá que embaixada americana entre em contato com autoridades da Rússia e de outros países para apoio
![O presidente norte-americano, Joe Biden, e o presidente russo, Vladimir Putin -](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/03/000_9678FY.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
O governo da Rússia anunciou nesta sexta-feira, 16, que expulsará dez diplomatas americanos de seu país, em uma resposta ao novo pacote de sanções anunciado um dia antes pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Sergey Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo, também afirmou que Moscou vai colocar mais oito autoridades americanas em sua lista de sanções, além de impedir que organizações não-governamentais dos Estados Unidos “interfiram” na política russa. Por fim, sugeriu que John Sullivan, embaixador americano na Rússia, voltasse à terra natal para consultas.
A partir de agora, o Kremlin também impedirá que a embaixada americana entre em contato com autoridades da Rússia e de outros países para apoio.
Na quinta-feira 15, Biden anunciou novas sanções contra o governo de Vladimir Putin para punir supostos ciberataques feitos pela inteligência russa contra agências do governo americano em 2020, com intuito de interferir no resultado eleitoral das eleições presidenciais – o que o líder russo nega.
Além da expulsão dos dez diplomatas russos, as medidas anunciadas também incluem a proibição da compra de ações e títulos em rublos, a moeda russa, por instituições financeiras americanas a partir de junho.
As expulsões e outras medidas também podem prejudicar os interesses americanos. O Ministério das Relações Exteriores russo alertou para uma retaliação “inevitável”, alegando que “Washington deve perceber que terá que pagar um preço pela degradação dos laços bilaterais” – preço este que não deve ser tão alto, ao menos por enquanto, já que não é de interesse do Kremlin que as tensões escalem ainda mais.
Por outro lado, Biden sinalizou que ainda quer deixar a porta aberta para que os países trabalhem juntos em temas de interesse em comum – além de que, para os Estados Unidos, é importante boas relações com a Rússia devido ao seu poderoso arsenal nuclear. Na terça-feira, o líder americano telefonou a Putin para propor uma cúpula em um terceiro país.
Por enquanto, o ministro das Relações Exteriores disse apenas que a oferta do encontro estava sendo analisada.