Rússia e EUA concordam com a forma como a Síria deve eliminar armas químicas, diz Putin

Rússia e Estados Unidos concordam sobre como eliminar as armas químicas da Síria, disse o presidente russo, Vladimir Putin, nesta terça-feira, após reunião com o secretário de Estado americano, John Kerry.

“Nós temos um entendimento comum sobre o que precisa ser feito e como. Estou muito feliz que o presidente Barack Obama esteja tomando essa posição (sobre as armas químicas)”, disse Putin aos jornalistas no final do cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, na ilha indonésia de Bali.

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Especialistas internacionais encarregados de iniciar o processo de verificação e eliminação das armas químicas chegaram à Síria no início deste mês. A Rússia, aliada de longa data da Síria e fornecedora de armas ao país, se ofereceu para ajudar no processo de destruição do arsenal.

Putin disse que acredita que os peritos da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) serão capazes de eliminar as armas químicas da Síria dentro de um ano. “Nós e os norte-americanos, toda comunidade internacional, confiamos neles”, disse. “Se eles estão dizendo que é possível fazer isso em um ano, então que assim seja.”

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A equipe de especialistas, apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem o objetivo de supervisionar a destruição da linha de produção de armas químicas da Síria a partir de 1º de novembro, e lidar com todos os materiais de armas químicas até o final de junho de 2014.

Putin elogiou ainda a Síria pela cooperação do país com o plano para destruir o arsenal, que surgiu por meio de um acordo proposto por Moscou em setembro, depois que os americanos ameaçaram punir militarmente o regime do ditador Bashar Assad, acusado pelos EUA de usar armas químicas contra a população síria no dia 21 de agosto.

Na segunda-feira, o secretário de Estado americano, John Kerry, já havia afirmado que os Estados Unidos e a Rússia estavam “muito satisfeitos” com o progresso feito até agora para destruir o arsenal químico da Síria e chamou de “um bom começo” o início dos trabalhos dos especialistas internacionais que começaram a eliminar as armas.

(com agência Reuters)