Especialistas em armas químicas chegam à Síria para desmantelar arsenal
Principal preocupação é com segurança dos agentes: sete dos 19 depósitos ficam em zonas de combate
Por Da Redação
1 out 2013, 09h59
A equipe de especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) que vai dar início ao desmantelamento do arsenal químico do ditador Bashar Assad chegou nesta terça-feira à Síria. Ao todo, o grupo é composto por vinte pessoas.
Uma das principais preocupações da Opaq é com a segurança dos inspetores. Segundo informações da rede britânica BBC, o ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, afirmou que pelo menos sete dos 19 depósitos de armas químicas declarados pelo regime estão localizados em zonas de combate. A rede especula que será necessário que rebeldes e forças do governo negociem tréguas temporárias para permitir o trabalho dos inspetores.
É a primeira vez que os inspetores da Opaq vão supervisionar a destruição de um arsenal em meio a uma guerra.
Nesta primeira fase, eles deverão iniciar a contagem oficial das armas químicas, seguindo o plano estipulado pela comunidade internacional, e ratificado pela ONU, para destruir o arsenal sírio em resposta ao massacre de 1 400 pessoas na periferia de Damasco, em 21 de agosto.
O acordo com o regime sírio foi alcançado após Estados Unidos e Rússia negociarem uma saída diplomática para crise provocada após o ataque contra civis com armas químicas. A expectativa é de que todo o arsenal seja confiscado e destruído até o fim do primeiro semestre de 2014.
Especialistas estimam que a Síria possua cerca de 1 000 toneladas de agentes químicos, incluindo gás sarin e mostarda.
Continua após a publicidade
Oposição – Ao mesmo tempo em que os inspetores dão início aos trabalhos, o grupo rebelde Exército Sírio Livre (ESL) denunciou como “escandalosa” a resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre a Síria porque ela se fixa unicamente no uso de armas químicas, sem levar em conta as “150 000 mortes” causadas pela guerra.
“É uma vergonha” porque “só se deu importância ao uso dessas armas químicas”, queixou-se ao jornal francês Le Parisien o porta-voz do ESL, Qassim Saadeddine, que está em Paris como convidado pela comissão das Relações Exteriores da Assembleia Nacional francesa.
Saadeddine afirmou que estava decepcionado com a comunidade internacional. “O povo sírio está convencido de que o mundo é indiferente a sua sorte”, algo que “quase se confirmou com o assunto das armas químicas”.
O porta-voz reiterou a demanda dos rebeldes por “armas de qualidade”, e embora tenha se mostrado convencido de que derrotarão o regime de Bashar Assad, argumentou que com bons equipamentos, o conflito terminaria mais rapidamente e “haveria menos vítimas”.
(Com agência EFE)
Continua após a publicidade
Publicidade
VEJA Mercado em Vídeo
O impacto da crise entre Lula e Congresso na reforma tributária e entrevista com Rodrigo Maia
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta quinta-feira, 25. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregou o texto da fase de regulamentação da reforma tributária ao Congresso Nacional. O projeto tem cerca de 300 páginas e mais de 500 artigos. Haddad calcula uma alíquota média de 26,5% do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), mas disse que isso vai depender do número de exceções que serão aprovadas à regra geral. A transição para o novo sistema pode ter início em 2026. A entrega do projeto acontece em meio a uma crise entre o Executivo e o Legislativo e cobranças públicas do presidente Lula aos seus ministros por uma melhor interlocução com o Congresso. A mineradora Vale publicou seus resultados do primeiro trimestre e obteve lucro líquido de 8,3 bilhões de reais, cifra 13% menor em relação ao mesmo período de 2023. Os Estados Unidos publicam a primeira leitura do resultado do PIB do primeiro trimestre do país. Diego Gimenes entrevista Rodrigo Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) e ex-presidente da Câmara dos Deputados.
Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de R$ 2,00/semana*
ou
Impressa + Digital
Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de R$ 39,90/mês
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis CLIQUE AQUI.