Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Rodada Doha viverá seu “dia D” nesta sexta-feira

A Rodada Doha de liberalização do comércio mundial entra nesta sexta-feira em seu dia ‘decisivo’. A avaliação é do representante brasileiro em Genebra, na Suíça, Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores. ‘Saberemos se um acordo é possível ou não’, disse Amorim, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. ‘Talvez não terminaremos tudo, mas […]

Por Jadyr Pavão
25 jul 2008, 07h55
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A Rodada Doha de liberalização do comércio mundial entra nesta sexta-feira em seu dia ‘decisivo’. A avaliação é do representante brasileiro em Genebra, na Suíça, Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores.

    Publicidade

    ‘Saberemos se um acordo é possível ou não’, disse Amorim, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. ‘Talvez não terminaremos tudo, mas precisamos ter um acordo. O tempo está se esgotando.’ Os acontecimentos desta quinta-feira, porém, deixaram claro que um acordo não será fácil: várias tentativas de consenso fracassaram.

    Publicidade

    Um grupo de países europeus, por exemplo, apresentou nova proposta para destravar as negociações: facilitar a entrada do etanol brasileiro na União Européia (UE) em troca de maior acesso a setores do mercado nacional. Porém, França, Itália, Romênia e Áustria se colocaram contra a idéia. Esses países alegam que a indústria européia precisa ser protegida.

    Concessões – Diante dos desafios, o Brasil deu sinais de que poderia fazer novas concessões, abrindo moderadamente seu mercado para produtos industrializados. Contudo, não conseguiu convencer seus parceiros entre os países emergentes a seguir a mesma linha.

    Publicidade

    Diante da relutância da Índia, o presidente americano, George W. Bush, telefonou para o primeiro-ministro Manmohan Singh, alertando para os riscos de um fracasso. Algumas horas depois, a Índia aceitou continuar negociando, mas sem fazer nenhuma concessão nem dar indicações de que poderia aceitar uma abertura de seu mercado. O embaixador da França na Organização Mundial do Comércio, Phillip Gross, chegou a dizer que ‘um morto foi ressuscitado’.

    Continua após a publicidade

    Subsídios – O principal ponto a travar os debates é a avaliação, por parte de nações emergentes – como Brasil, Argentina, África do Sul e Índia -, de que os EUA se propõem a reduzir muito pouco seus subsídios agrícolas. Os americanos insistem na tese de que deve haver uma regra que estabeleça que setores inteiros das economias sejam liberalizados, em especial nas áreas automotiva e química.

    Publicidade

    O Brasil insiste que não tem como aceitar isso, mas concordou em debater um texto em que cada país se comprometeria a negociar a abertura de setores de forma voluntária. Uma proposta sugerida pelos americanos previa um corte de 58% nas tarifas industriais brasileiras. Mas a Índia se recusou, dando motivos para que Argentina e África do Sul continuassem a dar declarações de que não estavam prontos para um acordo.

    Os argentinos insistem em manter 16% de suas linhas tarifárias em proteção no setor industrial. O Brasil aceitaria entre 13% e 14%. O problema é que os dois fazem parte do Mercosul e precisarão chegar a uma posição comum.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.