Reunidos, Biden, Johnson, Scholz e Macron falam em sanções imediatas
Líderes de potências do Ocidente participaram de reunião virtual para discutir possível invasão da Ucrânia à Rússia
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, participou de uma reunião à distância com a chefia militar da Otan e líderes do Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Polônia, Romênia e de outros países da União Europeia nesta sexta-feira (11) para discutir o que classifica como iminente invasão russa à Ucrânia.
Durante a cúpula emergencial, os líderes concordaram em impor sanções “imediatas e severas” caso o presidente russo Vladimir Putin decida de fato iniciar uma ofensiva militar.
O consenso foi divulgado através das redes sociais do chanceler alemão, Olaf Scholz.
“Todos os esforços diplomáticos buscam persuadir a Rússia a ir para a desescalada. O objetivo é impedir uma guerra na Europa”, afirmou Scholz.
Já o premiê Boris Johnson afirmou que “teme pela segurança da Europa”. E que é “necessário um conjunto pesado de sanções econômicas contra a Rússia”, caso o Kremlin “tome a decisão devastadora de invadir a Ucrânia”.
Depois do encontro, diversos países, incluindo Estados Unidos, Japão, Holanda e Reino Unido, instaram seus cidadãos a evacuar o solo ucraniano o mais rápido possível.
“Os cidadãos americanos devem sair agora. As coisas podem escalar rapidamente”, afirmou Biden durante entrevista para a rede de televisão americana NBC News.
A crise no leste da Europa escalou de forma preocupante nesta sexta.
De acordo com o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, “um ataque russo pode começar a qualquer momento”.
Sullivan disse ainda que a ação provavelmente se iniciará com um ataque aéreo.
“É a maior união do Ocidente em muitos anos. Com essas nações pode juntas podemos vencer qualquer disputa”, afirmou Sullivan.
“Não acreditamos que Putin já tenha feito algum tipo de escolha final sobre invadir ou não a Ucrânia”, afirmou o conselheiro, durante entrevista concedida em Washington.
Segundo Sullivan, Biden e Putin devem conversar por telefone na manhã deste sábado. “A Rússia propôs conversarmos segunda, pedimos para que fosse no sábado e eles aceitaram”, disse um funcionário da Casa Branca à uma agência de notícias.