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Reino Unido devolve estátua de Nossa Senhora levada das Malvinas

Sob intermediação do papa Francisco, britânicos decidiram retornar o ídolo à Argentina depois de quase quatro décadas

Por Da Redação
Atualizado em 30 out 2019, 16h22 - Publicado em 30 out 2019, 15h56

O Reino Unido devolveu à Argentina uma pequena estátua de Nossa Senhora de Luján levada pelos britânicos ao final da Guerra das Malvinas, 37 anos atrás. O ato, que contou com a bênção do papa Francisco, é um gesto de reconciliação entre ambos os países que lutaram no conflito.

A entrega aconteceu nesta quarta-feira, 30, quando o bispo Paul Mason, o principal capelão militar da Igreja Católica no Reino Unido, devolveu a estátua de 35 centímetros ao seu colega argentino, bispo Santiago Olivera. Em troca, os britânicos receberão uma cópia semelhante da santa.

A troca de estatuetas que foi proposta por Olivera e Mason em 2018 — foi realizada na Praça São Pedro, no Vaticano. Ambos os bispos participaram da cerimônia, sob a supervisão do papa Francisco, que é argentino.

A estátua de 35 centímetros estava na Catedral de São Miguel e São Jorge, na cidade de Aldershot, que fica a 60 quilômetros de Londres, na Inglaterra, desde a década de 80. Ela havia sido roubada do arquipélago das Malvinas que fica a menos de 500 quilômetros do litoral sul da Argentina por soldados britânicos ao final do conflito. Em Aldershot, a estátua ficou em um “local de oração pelos caídos de ambos os lados [do combate]”.

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A Guerra das Malvinas ocorreu entre abril e junho de 1982 e provocou mais de 900 mortes. A Argentina, então regida por uma ditadura militar, foi derrotada pelos britânicos e perdeu a autonomia sobre o território de cerca de 12.000 km² e de 3.400 habitantes, embora ainda reinvindique sua soberania sobre o arquipélago.

O Brasil “reconhece o direito argentino sobre as ilhas Malvinas, ocupadas pelo Reino Unido”, como afirma o Itamaraty em seu site oficial.

A estátua de Nossa Senhora de Luján que retorna aos argentinos é uma réplica da original de 1630, que está na Basílica de Nossa Senhora de Luján, na cidade que leva o mesmo nome da santa, na província de Buenos Aires.

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Como padroeira da Argentina, a réplica de Nossa Senhora de Luján havia sido levada pelos soldados argentinos às Malvinas no início da guerra.

Conhecida como ‘Morenita‘, a estátua original da Virgem chegou ao país em um navio vindo de São Paulo. “A tradição conta que a carroça que transportava a caixa com o ídolo [que seria um presente a um capitão argentino], ao chegar ao rio de Luján, não podia mais continuar, tanto que precisou ser descarregada. A estatueta assim acabou ficando em Luján”, afirma o portal de notícias da Santa Sé, Vatican News.

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(Com Reuters)

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