Depois de quatro meses de conflitos e discórdias, o presidente do Quênia, Mwai Kibaki (na foto, à esquerda), e o líder da oposição, Raila Odinga (à dir.), selaram o acordo de coalizão debatido desde fevereiro, ao anunciarem neste domingo os nomes que vão compor o gabinete ministerial. Na gestão conjunta, em que Kibaki seguirá como presidente e Odinga ocupará o recém-criado cargo de premiê, haverá ao todo 40 ministros. O acordo foi alcançado após horas de discussão a portas fechadas em um hotel a 100 quilômetros ao norte da capital Nairóbi, segundo informou a rede BBC.
Com o acerto, analistas esperam que os episódios de violência detonados por uma disputa sobre os resultados das eleições cheguem ao fim. A questão provocou confrontos entre forças oficiais e simpatizantes dos dois lados, matando cerca de 1.500 pessoas e deixando outras 600.000 sem casa, refugiadas. Agências internacionais relatam, entretanto, que a distribuição do gabinete não foi feita de forma igual. As pastas mais importantes permanecem sob o controle do presidente Kibaki.