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Putin viajará a Pequim para reunião com Xi em outubro, diz Rússia

Esta será a primeira visita ao exterior do líder russo desde mandado de prisão do TPI; Moscou promete aprofundar laços com chineses

Por Da Redação
19 set 2023, 09h07

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, marcou nesta terça-feira, 19, um encontro com seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Pequim em outubro. Esta será a primeira viagem registrada do chefe do Kremlin ao exterior desde que o Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, emitiu um mandado de prisão contra ele por crimes de guerra na Ucrânia.

Também nesta terça-feira, Nikolai Patrushev, um aliado próximo de Putin e secretário do Conselho de Segurança da Rússia, afirmou que a Rússia e a China precisam aprofundar a cooperação, em oposição à suposta tentativa coletiva do Ocidente de refrear as duas nações.

Ele fez seus comentários durante uma reunião em Moscou com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, que viajou à Rússia na segunda-feira 18 para uma visita de seis dias. Segundo a agência de notícias russa Interfax, Patrushev disse que as negociações em Pequim seriam “completas”, sem dar mais detalhes.

Em Pequim, Putin participará do terceiro Fórum do Cinturão e Rota – a iniciativa trilionária de infraestrutura chinesa para conectar todos os continentes com rotas marítimas, aéreas e terrestres e favorecer suas exportações –, mediante um convite feito por Xi quando visitou Moscou, em março.

Dias antes dessa visita, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de prisão contra Putin por suspeita de deportar ilegalmente centenas de crianças ucranianas para a Rússia.

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Moscou nega as acusações e o Kremlin disse que o mandado era uma prova da hostilidade do Ocidente para com a Rússia, que abriu um processo criminal contra o procurador do TPI e os juízes que emitiram o pedido de prisão.

A invasão da Ucrânia pela Rússia no início do ano passado desencadeou um dos conflitos mais mortíferos desde a Segunda Guerra Mundial, e o maior confronto entre Moscou e as nações ocidentais desde a crise dos mísseis cubanos de 1962. Desde então, Putin voltou-se para a China como aliada – e Xi manteve-se ao seu lado.

O comércio sino-russo disparou desde o início da guerra. A Rússia aumentou as vendas de petróleo às potências asiáticas, já não pode comercializar com o Ocidente devido às sanções. O comércio entre Moscou e Pequim aumentou 30% no primeiro semestre deste ano e aumentará para mais de US$ 200 bilhões de dólares em 2023, de acordo com o ministro da Economia russo, Maxim Reshetnikov.

“Estamos desenvolvendo ativamente investimentos, inclusive em nossos grandes projetos de gás e petroquímicos, onde utilizamos tecnologias chinesas”, disse Reshetnikov.

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Putin visitou Pequim pela última vez em fevereiro de 2022, dias antes da invasão, onde ele e Xi anunciaram uma parceria “sem limites”. Mas Moscou diz que isto não significa uma aliança militar.

Os líderes russo e chinês partilham uma mesma visão do tabuleiro geopolítico, que pinta o Ocidente como um bloco decadente. China desafia a supremacia dos Estados Unidos em tudo, desde a tecnologia à espionagem e ao poder militar. Enquanto isso, Washington vê Pequim como o seu maior “concorrente estratégico” a longo prazo e a Rússia como uma “ameaça aguda”.

Xi evitou condenar a guerra na Ucrânia, ou sequer chamá-la de invasão, em linha com o Kremlin, que classifica o conflito como uma “operação militar especial”. No início deste ano, o chefe da CIA, William Burns, disse que a Rússia estava ficando cada vez mais dependente da China e corre risco de se tornar a sua “colônia econômica”.

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