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Putin retoma as chaves do Kremlin em meio a fortes protestos

O homem forte de Rússia, Vladimir Putin, volta ao Kremlin nesta segunda-feira para iniciar um terceiro mandato presidencial após um movimento de protestos sem precedentes desde sua primeira chegada ao poder, em 2000, e diante de uma oposição que tem reagido ao endurecimento do regime. Vladimir Putin foi eleito no dia 4 de março com […]

Por Por Benoît Finck
5 Maio 2012, 10h32
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  • O homem forte de Rússia, Vladimir Putin, volta ao Kremlin nesta segunda-feira para iniciar um terceiro mandato presidencial após um movimento de protestos sem precedentes desde sua primeira chegada ao poder, em 2000, e diante de uma oposição que tem reagido ao endurecimento do regime.

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    Vladimir Putin foi eleito no dia 4 de março com cerca de 64% dos votos, após uma eleição caracterizada por fraudes, segundo a oposição.

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    Putin jurará no salão de São Jorge, no Kremlin, que deixou em 2008 para converter-se em primeiro-ministro, uma vez que constitucionalmente não podia ter mais que dois mandatos presidenciais consecutivos. O ex-agente da KGB deixou na época o posto de chefe de Estado a um subalterno, Dmitri Medvedev.

    O regresso de Putin ao Kremlin será celebrado com grande pompa, com mais de 2.000 convidados russos e estrangeiros, em especial o ex-presidente do Conselho italiano Silvio Berlusconi, e o ex-chanceler alemão, Gerhard Schröder, com quem o homem forte da Rússia mantém relações amistosas.

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    Enquanto os oito primeiros anos da presidência de Putin (2000-2008) estiveram caracterizados pela retomado do controle do país e pela estabilidade após os anos liberais e caóticos do mandato de Boris Yeltsin, este terceiro mandato, que será de seis anos, será ainda mais difícil em uma sociedade onde a sede por mudanças nunca foi tão grande desde a queda da União Soviética, em 1991.

    Após adquirir um estatuto de “czar” intocável durante uma década, Putin enfrentou ao final de 2011 uma onda de protestos inéditos da população, que saiu em massa às ruas para denunciar a manipulação das eleições e a corrupção que sangra o país.

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    As redes sociais desempenharam um papel preponderante nestes protestos de amplitudes sem precedentes. O movimento foi provocado pelas enormes fraudes denunciadas por observadores e a oposição nas legislativas vencidas em dezembro pelo partido Rússia Unida, de Putin.

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    Após ter reunido dezenas de milhares de pessoas em várias manifestações em Moscou entre dezembro e março contra o retorno ao Kremlin de Putin, o movimento diverso inspirado em especial pelo opositor e blogueiro anti-corrupção Alexei Navalny perdeu força pela ausência de um líder e de uma verdadeira estratégia, segundo analistas.

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    Frente aos protestos, Putin prometeu altas de salários a professores e médicos e ajudas sociais importantes antes do final de seu mandato, em 2018.

    “Putin segue os passos de muitos conservadores russos que sempre pediram que lhe fosse dado tempo, mas a história mostra que esse tempo nunca foi dado a ninguém”, diz o analista político Fiodor Lukianov, citado pela agência Ria Novosti.

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