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Putin pede a Xi Jinping maior cooperação militar entre Rússia e China

Presidente russo também convidou chinês a visita de Estado em 2023 para 'demonstrar ao mundo a proximidade das relações'

Por Da Redação
30 dez 2022, 08h32
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  • O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira, 30, que espera que o presidente chinês, Xi Jinping, faça uma visita de Estado à Rússia em 2023, o que “demonstraria ao mundo a proximidade das relações entre russos e chineses”.

    Antes de uma conversa particular entre os líderes em uma videoconferência, Putin disse: “Estamos esperando você, querido presidente, querido amigo, estamos esperando você em uma visita de Estado a Moscou”.

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    Por pouco menos de dez minutos, durante discurso introdutório, Putin destacou que as relações Rússia-China estão crescendo em importância no cenário global, e que precisam aprofundar a cooperação militar entre os países.

    Em resposta, Xi afirmou que a China está pronta para aumentar cooperação estratégica com Moscou, em meio ao que chamou de situação “difícil” no mundo.

    Antes mesmo do pedido desta sexta-feira, os dois países já vinham aumentando troca de práticas militares. Na quarta-feira, Moscou e Pequim concluíram exercícios navais no Mar da China Meridional, após uma semana de atividades conjuntas que incluíam até práticas de como capturar submarinos inimigos e disparar contra navios de guerra.

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    A parceria militar entre Moscou e Pequim se fortaleceu ainda mais depois que o presidente Putin enviou suas tropas para a Ucrânia, em 24 de fevereiro.

    A China se recusa a criticar veementemente a invasão perpetrada por Moscou, culpando os Estados Unidos e o Ocidente por provocações e criticando as sanções impostas contra a Rússia. Moscou, por sua vez, é forte defensora da reivindicação chinesa sobre a ilha de Taiwan, que Pequim entende como sua por direito.

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    Em setembro, o secretário do Conselho de Segurança Nacional da Rússia, Nikolai Patrushev, declarou que o Kremlin planeja fortalecer os laços com a China, descrevendo Pequim como uma prioridade incondicional da política externa de Moscou.

    O gabinete de Patrushev disse em um comunicado após as negociações na cidade de Nanping que as partes concordaram em “expandir as trocas de informações sobre o combate ao extremismo e tentativas estrangeiras de minar a ordem constitucional de ambos os países”.

    Em novembro, bombardeiros da Força Área Russa e bombardeiros chineses voaram juntos sobre o Mar do Japão e o Mar da China Meridional. Como parte do exercício, os aviões russos pousaram na China pela primeira vez, assim como os chineses, que voaram para uma base aérea na Rússia.

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    No âmbito comercial, enquanto boa parte do Ocidente se afasta da Rússia e impõe sanções pela invasão à Ucrânia, Moscou e Pequim registraram crescimento bilateral. Hoje, a Rússia é o maior fornecedor de petróleo à China. Os dois países chegaram a inaugurar em junho uma ponte transfronteiriça no Extremo Oriente, como parte da parceria “sem limites” anunciada antes da guerra.

    A ponte liga a cidade russa de Blagoveshchensk à cidade chinesa de Heihe, através do rio Amur, conhecido na China como Heilongjiang. Ela tem pouco mais de um quilômetro de extensão e custou 19 bilhões de rublos (RS$ 1,7 bilhão), informou a agência estatal de notícias russa RIA.

    “No mundo dividido de hoje, a ponte Blagoveshchensk-Heihe entre a Rússia e a China carrega um significado simbólico especial”, disse Yuri Trutnev, representante do Kremlin no Extremo Oriente russo.

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