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Junto à China, Rússia conclui exercícios navais e volta atenção à guerra

Atividades conjuntas, que incluíram até práticas de como capturar submarinos inimigos, fazem parte de 'prioridade incondicional' anunciada por Moscou

Por Da Redação
Atualizado em 28 dez 2022, 09h42 - Publicado em 28 dez 2022, 09h23

A Rússia e a China concluíram exercícios navais no Mar da China Meridional, após uma semana de atividades conjuntas que incluíam até práticas de como capturar submarinos inimigos e disparar contra navios de guerra, afirmou o Ministério da Defesa russo nesta quarta-feira, 28.

Os exercícios, que duraram de 21 a 27 de dezembro e foram chamados de “Interação Marítima 2022”, incluíram a Frota do Pacífico russa e foram realizados nas águas na costa da província chinesa de Zhejiang, segundo a agência de notícias estatal chinesa Xinhua.

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“O objetivo principal dos exercícios é fortalecer a cooperação naval entre a Rússia e a China e manter a paz e a estabilidade na região da Ásia Pacífico”, afirmou a Defesa russa. A pasta também publicou um vídeo mostrando navios de guerra russos e chineses, enquanto marinheiros russos falaram em mandarim e algumas das embarcações disparam mísseis.

O anúncio do fim dos exercícios se deu poucas horas depois de relatos de que Moscou intensificou ataques de morteiros e artilharia pesada contra a cidade de Kherson, retomada pela Ucrânia há poucas semanas. Segundo as Forças Armadas ucranianas, foram ao menos 33 mísseis contra alvos civis nas últimas 24 horas.

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Na segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, acusou a Ucrânia e o Ocidente de tentarem destruir seu país e afirmou que Kiev precisa aceitar as exigências de Moscou para encerrar a guerra, ou terá que assistir aos militares russos alcançá-las dentro do campo de batalha.

“Prioridade incondicional”

A parceria militar entre Moscou e Pequim se fortaleceu ainda mais depois que o presidente russo, Vladimir Putin, enviou suas tropas para a Ucrânia, em 24 de fevereiro.

A China se recusa a criticar veementemente a invasão perpetrada por Moscou, culpando os Estados Unidos e o Ocidente por provocações e criticando as sanções impostas contra a Rússia. Moscou, por sua vez, é forte defensora da reivindicação chinesa sobre a ilha de Taiwan, que Pequim entende como sua por direito.

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Em setembro, o secretário do Conselho de Segurança Nacional da Rússia, Nikolai Patrushev, declarou que o Kremlin planeja fortalecer os laços com a China, descrevendo Pequim como uma prioridade incondicional da política externa de Moscou.

O gabinete de Patrushev disse em um comunicado após as negociações na cidade de Nanping que as partes concordaram em “expandir as trocas de informações sobre o combate ao extremismo e tentativas estrangeiras de minar a ordem constitucional de ambos os países”.

Em novembro, bombardeiros da Força Área Russa e bombardeiros chineses voaram juntos sobre o Mar do Japão e o Mar da China Meridional. Como parte do exercício, os aviões russos pousaram na China pela primeira vez, assim como os chineses, que voaram para uma base aérea na Rússia.

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