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Putin diz que Rússia não pode ser isolada do resto do mundo pelo Ocidente

Em videoconferência a figuras do governo, presidente russo reconheceu que sanções são grande desafio, mas reiterou que país se manterá firme

Por Da Redação 18 jul 2022, 15h08

Reconhecendo as duras sanções enfrentadas pela Rússia, o presidente Vladimir Putin disse nesta segunda-feira, 18, que “dificuldades colossais” serão contra-atacadas por “novas soluções de maneira inteligente”, ressaltando ser impossível isolar seu país do resto do mundo. 

Desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro, a Rússia foi atingida por uma onda de sanções de modo a isolá-la da economia global, congelando bens de oligarcas e magnatas russos em países ocidentais e proibindo o comércio de uma série de bens.

+ Rússia fecha gasoduto para ‘manutenção’ e Europa teme corte energético

“Não apenas as restrições, mas o fechamento quase completo do acesso a produtos estrangeiros de alta tecnologia está sendo deliberada e intencionalmente usado contra nosso país”, disse Putin em uma videoconferência com figuras do governo.

O líder russo afirmou ainda que reconhece se tratar de um grande desafio, porém seu povo não irá “desistir ou ficar em estado de desordem, como muitos preveem”, e que a Rússia terá que desenvolver sua própria tecnologia doméstica e empresas do ramo. 

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O ministro das Finanças, Anton Siluanov, disse que o apoio ao setor tecnológico é uma prioridade para o Kremlin, mas reiterou que cada rublo de investimento estatal deve ser acompanhado de pelo menos três rublos do setor privado. 

Em resposta, os ministros das Relações Exteriores da União Europeia disseram que as sanções impostas a Moscou estão começando a surtir efeito, embora também ameacem o fornecimento de energia à Europa. Na última semana, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, líder do bloco mais próximo ao Kremlin e crítico de Bruxelas, disse que a política imposta pela UE prejudica mais o continente do que a própria Rússia. 

+ Putin desafia Ocidente a vencê-lo no campo de batalha

“Alguns líderes europeus têm dito que as sanções foram um erro. Era o que tínhamos que fazer e continuaremos fazendo”, disse o chefe de política da União Europeia, Josep Borrell, a repórteres nesta segunda. 

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O bloco europeu já impôs sanções à Rússia relacionadas à energia e tem se afastado das entregas controladas pelo Kremlin. No entanto, um corte completo não tem se mostrado uma solução plausível, fazendo com que a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alertasse que a UE precisa estar pronta para lidar com grandes cortes vindos de Moscou. 

Antes do conflito, o bloco dependia de 40% do gás natural russo. No entanto, de acordo com von der Leyen, a importação média mensal do produto está caindo cerca de 33% em comparação com o ano passado. Além disso, o Conselho do bloco concordou em aumentar a participação de energias renováveis para pelo menos 40% até 2030.

Os países da União Europeia já concordaram que todo o armazenamento de gás natural deve ser complementado em pelo menos 80% da capacidade para o próximo inverno para evitar escassez durante a estação e que as reservas subterrâneas devem ser preenchidas com até 90% da capacidade antes do próximo inverno. 

+ União Europeia alerta para perigo de corte completo do gás russo 

De acordo com a chefe da Comissão Europeia, essa capacidade já chegou a 55%, à medida que as remessas vindas dos Estados Unidos triplicaram desde o início da guerra. A invasão da Ucrânia pela Rússia levou a União Europeia a aplicar uma série de sanções contra a economia do país, com a promessa de proibição de 90% do petróleo russo até o final do ano, além das importações de carvão que terão início em agosto. 

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