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Putin critica COI e diz que ‘esporte deveria estar fora da política’

Há menos de um ano dos Jogos de Paris, presidente russo acusa entidade de comercializar o esporte

Por Da Redação
Atualizado em 12 set 2023, 18h14 - Publicado em 12 set 2023, 17h36

Em meio à indefinição sobre a participação de atletas russos nas Olimpíadas de Paris, em 2024, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, criticou o Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta terça-feira, 12. Para o chefe de Estado, a entidade distorce os ideais olímpicos ao comercializar e politizar o esporte.

“Sobre o movimento olímpico, acho que a liderança das federações internacionais e do próprio Comitê Olímpico Internacional estão distorcendo os ideais originais de Pierre de Coubertin. O esporte deveria ficar fora das discussões políticas”, afirmou Putin no Fórum Econômico do Oriente, realizado em Vladivostok, na Rússia.

A declaração foi feita quando o questionaram sobre a fala do presidente da França, Emmanuel Macron,  na semana passada, de que “nenhuma bandeira russa deveria ser hasteada nos Jogos Olímpicos”. Ao citar o historiador francês Pierre de Coubertin, mais conhecido como Barão de Coubertin, considerado o fundador das Olimpíadas modernas, Putin deu o tom da provocação.

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O COI condena a Rússia pela invasão à Ucrânia e ainda não a convidou formalmente para a competição, mas disse acreditar que os atletas não deveriam ser punidos pelos atos de seus governos. Segundo o presidente da organização, Thomas Bach, os Jogos deveriam ficar fora da política para não perderem a sua capacidade de unir as pessoas.

Nesse sentido, Putin declarou que o movimento olímpico não cumpre mais um papel elementar, de união dos povos, porque “caiu na armadilha dos interesses financeiros”. O líder disse que houve uma “comercialização inaceitável” do esporte nas últimas décadas, da qual nem mesmo os Jogos Olímpicos conseguiram escapar.

O temor da Rússia em ficar de fora dos Jogos e ver seus atletas serem impedidos de usarem a bandeira ou ouvirem o hino remete à antiga União Soviética, que encarava o quadro de medalhas como um campo de batalhas geopolíticas. Ao menos que o Comitê abandone uma prática tradicional — de convidar os países com um ano de antecedência —, esta será a quinta Olimpíada consecutiva com sanções à delegação russa.

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+ Rússia e Belarus não serão convidadas para a Olimpíada de Paris

O país foi parcialmente banido dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, em punição por um programa de doping. Posteriormente, Moscou foi suspensa pela Agência Mundial Antidoping (WADA) e participou das duas últimas Olimpíadas sob o nome de Comitê Olímpico Russo com uma lista de punições, incluindo não ter seu hino tocado durante os Jogos. A suspensão terminou em dezembro passado, mas a WADA disse neste ano que o país continua “descumprindo” os requisitos.

A Ucrânia considera aceitar a participação de atletas russos e bielorrussos, caso os mesmos atuem como neutros. Há um movimento de esportistas dos países que já buscaram novas nacionalidades, para conseguirem competir nos Jogos de 2024.

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