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Puigdemont: polícia caça líder separatista foragido após retorno à Espanha

Ex-presidente da Catalunha fez discurso a apoiadores em Barcelona mesmo sob mandado de prisão. Mas desapareceu novamente, dando início à operação

Por Da Redação
8 ago 2024, 09h51
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  • Catalonia's exiled separatist leader Carles Puigdemont depivers a speech on stage as his hardline separatist JxCAT party has scheduled a welcome ceremony, ahead of an investiture vote at the Parliament of Catalonia, in Barcelona on August 8, 2024. Catalonia's parliament is set to elect a new leader for the Spanish region, but the planned return of exiled separatist leader Carles Puigdemont even though he faces arrest threatens to derail the event. After months of negotiations following an inconclusive May regional election, the leader of the local branch of Spain's ruling Socialists Salvador Illa is poised to become Catalonia's new leader. But the vote could be upended if Puigdemont -- who fled to Belgium shortly after Catalonia's failed 2017 independence bid to avoid prosecution -- returns to Spain and is arrested. (Photo by Cesar Manso / AFP)
    Líder separatista da Catalunha, Carles Puigdemont, estava exilado na Bélgica, mas voltou à Espanha sob risco de ser preso para desafiar o surgimento de um novo chefe do movimento catalão. 08/08/2024 - (Cesar Manso/AFP)

    A polícia catalã lançou uma operação para encontrar e prender Carles Puigdemont, o foragido líder separatista da Catalunha. A medida ocorreu depois que o ex-presidente regional retornou à Espanha pela primeira vez em sete anos para realizar um discurso nesta quinta-feira, 8, a uma multidão de apoiadores em Barcelona – antes de desaparecer novamente. Em 2017, ele partiu para um exílio autoimposto na Bélgica após organizar um referendo de independência para a região, considerado ilegal pelas autoridades espanholas.

    Como mágica

    Puigdemont declarou que visitou Barcelona para empossar o novo dono de seu antigo cargo de líder regional, Salvador Illa, embora haja animosidade entre os dois.

    “Vim aqui hoje para lembrá-los de que ainda estamos aqui. Não temos o direito de ceder, o direito à autodeterminação pertence ao povo. A Catalunha deve ter permissão para decidir seu futuro”, disse ele em um palco no Arco do Triunfo, perto dos tribunais e do parlamento catalão. “Não sei quando os verei novamente, mas, aconteça o que acontecer, quando nos vermos novamente, poderemos gritar Viva! Libertem a Catalunha!”

    Logo após terminar a declaração, Puigdemont foi cercado por membros de seu partido Juntos pela Catalunha e levado na direção do parlamento. No entanto, quando o grupo chegou ao edifício, o líder separatista já não estava entre eles.

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    Para encontrá-lo, a polícia catalã está parando e revistando veículos que se dirigem para a fronteira francesa. Também há controles de tráfego ao redor do centro da cidade, devido a relatos de que Puigdemont foi visto saindo do Arco do Triunfo em um carro.

    Disputa por poder

    Uma hora após a dramática aparição, começou a investidura do novo presidente catalão, Salvador Illa. Membro do Partido Socialista Operário Espanhol (o mesmo do premiê Pedro Sánchez) e ex-secretário da Saúde do governo de Madri, ele conquistou a maioria das cadeiras nas eleições regionais do mês passado, mas sem maioria absoluta.

    Foi-se o tempo em que as siglas pró-independência catalã conseguiam montar uma aliança para manter os socialistas longe do poder. Desta vez, as opções eram aceitar o governo liderado por Illa ou ir às urnas novamente (algo que não era do interesse de ninguém).

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    O partido de Puigdemont, que ficou em segundo lugar na eleição, recusou-se a apoiar Illa. O socialista, porém, foi endossado pelo partido separatista Esquerda Republicana, rival de Puigdemont, com a condição de que a Catalunha tivesse maior autonomia fiscal.

    Anistia e separatismo em baixa

    Puigdemont fugiu para a Bélgica em outubro de 2017, no porta-malas de um carro, para escapar da prisão após uma declaração de independência ilegal – e fracassada. Nove membros de seu governo receberam sentenças de prisão de até 13 anos pela participação no golpe separatista; todos foram perdoados três anos depois, em 2021.

    Em maio, o parlamento espanhol aprovou uma polêmica lei de anistia, que o premiê Sánchez ofereceu aos separatistas catalães em troca apoio ao seu governo. A lei se aplica a cerca de 400 pessoas envolvidas em um referendo de independência simbólico, em novembro de 2014, e na votação unilateral ilegal que ocorreu três anos depois. Em julho, porém, a Suprema Corte da Espanha manteve os mandados de prisão para Puigdemont e outros que são acusados ​​de uso indevido de fundos públicos, decidindo que a lei de anistia não se aplicava a eles.

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    Como tantas coisas na política catalã, o reaparecimento dramático de Puigdemont foi tão simbólico quanto desesperado. O movimento que ele liderou está dividido e desorganizado. O apoio à independência atingiu o nível mais baixo em 15 anos. E ao se recusar a apoiar Illa, seu partido se colocou nas margens, elevando o arquirrival, a Esquerda Republicana, a voz principal do nacionalismo catalão.

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