Autoridades da província de Liaoning, no nordeste da China, emitiram nesta segunda-feira (11) um alerta sobre o risco iminente de falta de energia. As informações foram divulgadas pela agência de notícias Reuters.
De acordo com o governo de Liaoning, um importante centro manufatureiro chinês, a escassez de energia acontece mesmo após os esforços de Pequim para aumentar o fornecimento de carvão, principal matriz energética do país.
Além do cinturão industrial, Liaoning também concentra metrópoles importantes, como Dalian, Shandong, Jilin e Shenyang.
Esse é o quinto alerta máximo emitido por Liaoning em apenas duas semanas. As autoridades provinciais afirmam que o déficit de energia está aumentando, e deve chegar a quase 5 gigawatts.
Liaoning vem sendo atingida por cortes de energia generalizados desde setembro, quando o problema se intensificou.
Para evitar um colapso, a província também iniciou uma série de cortes diários em setembro, deixando milhões de consumidores no escuro. Também houve paralisação forçada em parques industriais.
Segunda maior economia do planeta, a China enfrenta uma crise energética sem precedentes. Há apagões diários e racionamento de eletricidade em vários centros urbanos.
O problema vem sendo causado pela rápida recuperação da atividade econômica global à medida que as restrições ao coronavírus são suspensas.
A mudança na economia expôs como a China, a Europa e os Estados Unidos estão vulneráveis à escassez de combustíveis usados para geração de energia.
A crise de energia também vem mostrando como é difícil fazer a transição verde rumo à uma economia menos dependente aos combustíveis fósseis.
O tema será amplamente discutido em novembro, durante a conferência do clima de Glasgow, na Escócia.