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Protesto contra decreto de Trump toma aeroporto de NY

Grupo se juntou na entrada do aeroporto JFK, em Nova York, para condenar a medida do presidente americano contra sete países muçulmanos

Por da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h19 - Publicado em 28 jan 2017, 16h55
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  • Horas depois de o decreto do presidente Donald Trump que barra a entrada de cidadãos de sete países muçulmanos nos Estados Unidos entrar em vigor, o aeroporto internacional JFK em Nova York se tornou palco de uma série de protestos contra Trump e sua medida.

    Muitos americanos se juntaram aos muçulmanos em frente ao aeroporto com faixas e cartazes com mensagens como “Deixe meus amigos aqui” e “Sem ódio, sem medo, refugiados são bem-vindos aqui”. A irônica mensagem”Deporte Melania”, em alusão à primeira-dama Melania Trump, que é estrangeira – nasceu na antiga Iugoslávia, atual Eslovênia – também foi bastante usada.

    Desde a noite de sexta-feira, qualquer cidadão que não seja americano vindo de Iraque, Síria, Irã, Sudão, Líbia, Somália ou Iêmen está banido de entrar nos EUA por pelo menos 90 dias. Refugiados da Síria serão barrados por tempo indeterminado. Até mesmo aqueles muçulmanos que possuem visto de residência, o green card, também estão sujeitos à medida.

    Bloqueio de Trump à imigração - Protesto - Aeroporto
    Homem pede impeachment de Trump e deportação de Melania (Andrew Kelly/Reuters)

    O protesto em frente ao JFK começou no início da manhã nos Estados Unidos com um pequeno grupo de imigrantes e foi ganhando apoiadores, com o auxílio das redes sociais.

    Centenas de pessoas protestam no local. Gritos como “Sem banimento, sem muro. Donald Trump tem que cair” são repetidos pelos manifestantes. A expectativa é que o número de manifestantes cresça cada vez mais ao longo do dia.

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    Dois cidadãos do Iraque com visto americano foram detidos ao desembarcarem em Nova York, na sexta-feira. Seus advogados entraram com processo judicial contra Trump e o governo americano, além de um pedido de habeas corpus para libertá-los.

    Um dos iraquianos detidos é Hameed Khalid Darweesh, que trabalhou para o governo americano no Iraque durante 10 anos como tradutor. O outro, Haider Sameer Abdulkhaleq, estava indo aos Estados Unidos para se reunir com a esposa, que trabalha para uma empresa americana, e seu filho. Eles foram liberados após 14 horas. 

    Detentores de “green card” terão de passar por aprovação para entrar nos Estados Unidos, com análise caso a caso, disse uma alta fonte da administração Trump neste sábado. A única exceção diz respeito a imigrantes e residentes legais cuja entrada nos Estados Unidos seja considerada de interesse nacional. Não está claro, porém, quando essa exceção será aplicada

    Pessoas com “green card” ou visto norte-americano que já estejam nos Estados Unidos poderão continuar no país, de acordo com essa autoridade federal.

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    Bloqueio de Trump à imigração - Protesto - Aeroporto
    O imigrante iraquiano Hameed Darwish é abraçado depois de ser libertado no Aeroporto JFK (Andrew Kelly/Reuters)

    Confusão pelo mundo

    O novo decreto presidencial assinado por Donald Trump causou confusão em aeroportos do mundo todo neste sábado. Companhias aéreas de várias partes do mundo estão sendo notificadas para que impeçam passageiros atingidos pela medida de embarcar.

    A companhia holandesa KLM informou que recusou sete potenciais passageiros porque eles não seriam aceitos nos Estados Unidos diante da proibição imposta. A nacionalidade deles não foi informada.

    A medida causou revolta em turistas árabes no Oriente Médio e no norte da África, que alegaram humilhação e discriminação. E foi duramente criticada por aliados dos Estados Unidos no Ocidente, como França e Alemanha, além de grupos árabes-americanos e organizações de direitos humanos.

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    No Cairo, cinco passageiros iraquianos e um iemenita foram barrados no embarque de um voo da EgyptAir com destino a Nova York neste sábado, de acordo com fontes do aeroporto do Cairo. Eles foram redirecionados para voos com destino aos seus países de origem, apesar de terem vistos legítimos.

    (com EFE e Associated Press)

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