Pronta para ataque, Coreia do Norte dá prazo a diplomatas
Seul afirma que mísseis já estão em lançadores e escondidos na costa leste
Por Da Redação
5 abr 2013, 11h37
A Coreia do Norte instalou dois mísseis de alcance intermediário em lançadores móveis e os escondeu na costa leste do país, afirmou nesta sexta-feira a agência sul-coreana Yonhap, citando fontes militares. A informação dá forças às especulações de que a Coreia do Norte está pronta para lançar um míssil abruptamente. Ao mesmo tempo, segundo a BBC, diplomatas britânicos foram informados, pelo governo de Pyongyang, que sua segurança não poderá ser garantida após 10 de abril, no caso de um conflito – reforçando orientação anterior de desocupação de todas as embaixadas no país.
Na quinta-feira, a CNN divulgou imagens e conversas interceptadas que mostravam a movimentação da Coreia do Norte com o transporte de mísseis, lançadores e combustíveis para a costa leste. Em resposta, a Coreia do Sul deslocou nesta sexta-feira dois navios de guerra com capacidade para interceptar mísseis balísticos para sua costa. Segundo declarou um porta-voz do ministério da Defesa para a agência de notícias sul-coreana, os destróieres com 7.600 toneladas foram divididos entre a costa leste e oeste do país e estão equipados com o sistema de radar Aegis, capaz de detectar e destruir mísseis em sua trajetória intermediária.
Nesta semana, o regime comunista transportou dois mísseis do tipo Musudan para a costa leste, levando os EUA a enviarem seu avançado sistema de defesa de mísseis à sua base de Guam, no Oceano Pacífico.
A Coreia do Sul e os Estados Unidos estão monitorando de perto o local onde estariam os mísseis Musudan já instalados nos lançadores. Segundo a Yonhap, o míssil pode alcançar entre 3.000 e 4.000 quilômetros e seria capaz de atingir a base americana de Guam. Contudo, o radar sul-coreano pode localizar milhares de alvos até 1.000 quilômetros de distância. “Se o norte lançar um míssil, nós localizaremos sua trajetória”, disse uma autoridade do Exército sul-coreano.
Embaixadas – Nesta sexta-feira, a agência oficial de notícias da China, Xinhua, informou que a Coreia do Norte recomendou, a todas as embaixadas estrangeiras, a considerarem a possibilidade de retirada de seu pessoal de Pyongyang. A informação foi confirmada pela Rússia e, logo depois, pela Grã-Bretanha – que, após ser comunicada sobre o prazo de segurança, diz estar analisando “os próximos passos”.
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