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Prisão de jovem acusada de blasfêmia é prolongada

O policial que coordena a operação explicou que a medida foi ampliada por duas semanas para que pudessem 'realizar mais investigações' sobre o caso

Por Da Redação
31 ago 2012, 09h40
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  • A justiça paquistanesa prolongou nesta sexta-feira, a pedido das autoridades policiais, a detenção preventiva de Rimsha Masih, uma jovem cristã acusada de blasfêmia após queimar papéis que continham versos do Corão, o livro sagrado do Islã. O policial que coordena a operação, Munir Jafri, explicou que a medida foi prorrogada por duas semanas para que pudessem “realizar mais investigações” sobre o caso.

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    Uma nova audiência está prevista para sábado, na qual será examinado o pedido de libertação da ré e a validade do relatório elaborado por um grupo de médicos que afirma que Rimsha teria “por volta de 14 anos”. A idade da adolescente é um fator importante no caso, pois os advogados de defesa desejam que ela seja levada a um tribunal de menores, que normalmente emite penas menores.

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    O documento ainda aponta que a jovem “parece analfabeta e sua idade mental inferior a sua idade física”. Rimsha, que organizações humanitárias dizem ter entre 11 e 16 anos e ser portadora de síndrome de down, foi acusada de blasfêmia por muçulmanos de Mehrabad, bairro popular da periferia da capital paquistanesa, Islamabad.

    Leia também: Presidente paquistanês quer informações sobre jovem cristã presa por blasfêmia

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    Segundo seus acusadores, a jovem teria queimado páginas do Noorani Qaida, um manual de introdução ao Corão destinado às crianças no qual estão escritos versículos em árabe. Organizações paquistanesas argumentam que Rimsha, que é cristã, não sabia que o papel era sagrado.

    Proteção – A jovem, que compareceu a uma audiência nesta sexta-feira, chegou ao tribunal, localizado na capital paquistanesa, Islamabad, em um carro da polícia, protegida por unidades de elite armadas e com o rosto coberto, pois ela corre grande risco de ser agredida pela população enfurecida com sua atitude.

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    Legislação – A lei da blasfêmia foi estabelecida no período de dominação britânica para prevenir choques religiosos, mas foi nos anos 1980, com uma série de reformas feitas pelo ditador Zia-ul-Haq, que a prerrogativa começou a ser usada de forma abusiva. Desde então, foram registradas dezenas de acusações por blasfêmia, quase sempre a pedido de líderes religiosos que procuram amedrontar minorias, especialmente os cristãos. O Paquistão tem 180 milhões de habitantes, dos quais cerca de 5 milhões são cristãos.

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    Saiba mais: Twitter é bloqueado no Paquistão por causa de ofensa ao Islã

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    (Com agência France-Presse)

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