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Presidente sul-coreano diz que era de ‘apaziguar’ Coreia do Norte acabou

Conservador Yoon Suk Yeol, empossado no início do mês, cita 'fracasso' de governos anteriores em lidar com país vizinho

Por Da Redação 23 Maio 2022, 15h49

O novo presidente conservador da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, disse nesta segunda-feira, 23, que a era de “apaziguar” as relações com a Coreia do Norte acabou, e que qualquer conversa entre os países deve partir do líder norte-coreano, Kim Jong-un.

“Acho que a bola está no tribunal do presidente Kim é escolha dele iniciar um diálogo conosco”, disse Yeol, em entrevista à rede CNN.

Empossado em 10 de maio, o presidente sul-coreano também afirmou que Seul e seus aliados estão prontos para responder quaisquer provocações de Pyongyang, que só este ano realizou 16 testes de mísseis, número maior que dos dois últimos anos juntos. Entre eles está um de tipo balístico intercontinental no final de março, horas antes do início do encontro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a principal aliança militar ocidental, e que segundo analistas seria o projétil mais potente lançado desde 2017, com capacidade de atingir cidades da costa oeste dos Estados Unidos.

Yoon, um ex-promotor recém-chegado à política, tem uma postura mais dura do que seu antecessor, Moon Jae-in, em relação à Coreia do Norte. Ao contrário do ex-presidente, que abordava uma linha mais pacífica com o norte, ele expressa o desejo de fortalecer as forças armadas do país.

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“Apenas escapar temporariamente da provocação ou conflito norte-coreano não é algo que devemos fazer”, disse, apontando para a estratégia conciliatória do governo liberal anterior. “Esse tipo de abordagem nos últimos cinco anos provou ser um fracasso”.

Na sexta-feira, 20, o presidente americano, Joe Biden, se encontrou com Yoon, em Seul, para discutir o programa nuclear de Kim Jong-un, entre outros assuntos. Autoridades dos Estados Unidos alertaram que a Coreia do Norte poderia estar se preparando para um teste nuclear subterrâneo ou de míssil balístico intercontinental durante a visita de Biden, mas até agora isso não aconteceu.

Em um comunicado conjunto, os Estados Unidos e a Coreia do Sul anunciaram que iniciariam debates para potencialmente expandir os exercícios militares conjuntos que haviam sido interrompidos no governo de Donald Trump, ação que provavelmente irá irritar o líder norte-coreano. O presidente da Coreia do Sul afirma que é um movimento apenas defensivo.

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Embora em dezembro passado as Coreias do Norte e Sul, juntamente com Estados Unidos e China, tenham concordado inicialmente em declarar o fim da Guerra da Coreia, quase 70 anos depois do término dos conflitos, tensões ainda são altas. 

Além dos testes recentes, o país governado por Kim também está expandindo seu arsenal de mísseis com capacidade de alcance à Coreia do Sul, que abriga cerca de 28.500 soldados dos EUA. O líder norte-coreano alertou recentemente que usaria proativamente armas nucleares se ameaçada ou provocada, sugerindo uma escalada em sua doutrina nuclear.

Dentro deste cenário, o chefe de Estado sul-coreano disse que deseja fortalecer os laços com Washington enquanto aprimora as capacidades de ataque e defesa de mísseis de seu país. 

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Analistas do Instituto de Pesquisa para Estratégia Nacional da Coreia do Sul afirmam que Jong-un também buscará uma declaração robusta de Biden reafirmando o compromisso dos EUA de fornecer “dissuasão estendida” à Coreia do Sul e uma promessa de defender seu aliado com toda a sua gama de capacidades militares, incluindo armas nucleares, em caso de guerra com a Coreia do Norte.

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