Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Presidente sírio nega renúncia e ameaça reagir a ‘terroristas’

Damasco, 10 jan (EFE).- Após quase dez meses de crise na Síria, o presidente Bashar al Assad disse nesta terça-feira que não vai renunciar e advertiu que baterá nos ‘terroristas’ com punho de ferro, em discurso na Universidade de Damasco. ‘Digo (aos meios de comunicação) que não sou eu quem renuncia a suas responsabilidades’, disse […]

Por Da Redação
10 jan 2012, 10h53
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Damasco, 10 jan (EFE).- Após quase dez meses de crise na Síria, o presidente Bashar al Assad disse nesta terça-feira que não vai renunciar e advertiu que baterá nos ‘terroristas’ com punho de ferro, em discurso na Universidade de Damasco.

    Publicidade

    ‘Digo (aos meios de comunicação) que não sou eu quem renuncia a suas responsabilidades’, disse o líder, para quem alguns meios trabalham contra o país e dizem que ele não assume suas obrigações.

    Publicidade

    Para o chefe de Estado sírio, a prioridade mais importante agora é recuperar a segurança, o que ‘não vai conseguir a não ser que bata nos terroristas assassinos com punho de ferro’.

    ‘Não haverá flexibilidade com quem aterroriza cidadãos, a luta contra o terrorismo é a luta de todos. Não vão conseguir destruir nossa identidade nem desestabilizar nosso convencimento de que a resistência está no coração de nossa identidade’, afirmou.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    O presidente defendeu que ‘não houve nenhuma ordem de nenhuma instituição do Estado para disparar contra os cidadãos’ e se foi aberto fogo contra alguém isso ocorreu ‘em casos muito limitados segundo a lei’.

    Al Assad convidou a realização de um diálogo entre o Estado e ‘as distintas partes do país’ sobre a forma de conseguir a segurança no território sírio.

    Publicidade

    No plano político, o presidente anunciou a realização de um referendo sobre a nova Constituição, que está sendo preparada por um comitê de especialistas, na primeira semana de março e adiantou que poderiam acontecer eleições legislativas em maio ou junho.

    Continua após a publicidade

    Segundo os próprios integrantes da comissão constitucional, a futura Carta Magna colocará fim no monopólio do governante partido Baath, de al Assad, e abrirá a porta ao multipartidarismo.

    Publicidade

    Sobre o futuro Governo, o líder rejeitou falar de um Executivo de união nacional, mas assinalou que quer um Gabinete que integre todas as tendências, incluindo os opositores, para que represente toda a nação.

    Nesse sentido, al Assad se mostrou disposto a começar um diálogo amanhã mesmo, mas lamentou que uma parte da oposição não está preparada para isso.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Segundo o presidente, o que acontece na Síria é fruto de ‘uma conspiração exterior’ que não conseguirá tirar seu empenho de liderar o país para o caminho da estabilidade e a vitória total.

    ‘A conspiração exterior que está sendo desenhada em uma sala escura não será escondida por mais tempo, e agora se tornou clara como o cristal e visível para todo o mundo’, destacou em seu quarto discurso desde março do ano passado.

    Na sua opinião, esse complô está relacionado com as reformas realizadas no país. ‘A maioria do povo sírio quer as reformas e é esta maioria que não saiu às ruas e não cometeu distúrbios’, afirma.

    Continua após a publicidade

    ‘O nevoeiro se dispersou e todas as máscaras caíram, não é possível que as partes regionais e internacionais continuem deformando os fatos’, sentenciou.

    Sobre isso, ele acusou alguns países-membros da Liga Árabe, cujo nome não especificou, de buscar um papel na organização, ‘embora seja em troca de acender toda a região’, e se queixou da ‘amabilidade’ da Liga Árabe com Israel e do ‘radicalismo’ com a Síria.

    Assad também criticou o trabalho dos meios de comunicação, que acusou de ‘trabalhar contra a Síria’ para conduzí-la a um estado de destruição.

    Continua após a publicidade

    Ao longo de seu discurso, que durou quase duas horas, o presidente sírio fez menção à economia do país que considera estar sofrendo um ataque depois do fracasso da agressão à parte política.

    ‘Tentaram demonstrar que a Síria está vencida’, disse al Assad, que expressou a importância de centrar os esforços na produção e nos projetos médios e pequenos para criar justiça social.

    Em novembro, a Liga Árabe suspendeu a participação da Síria em suas reuniões e impôs sanções econômicas sem precedentes.

    Atualmente, o organismo prepara-se para aumentar no final desta semana até 200 o número de observadores no território sírio para comprovar o cumprimento de seu plano para acabar com a crise no país. EFE

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.