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Presidente italiano busca uma solução para impasse político

Napolitano está determinado a alcançar acordo que evite repetição das eleições

Por Da Redação
20 mar 2013, 11h36

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, iniciou nesta quarta-feira consultas com líderes políticos para que tentem formar um governo depois da inconclusiva eleição de fevereiro. O presidente do Senado, Pietro Grasso, disse após uma reunião com Napolitano que o presidente está determinado a buscar um acordo que evite a repetição das eleições. Segundo ele, Napolitano “vai trilhar todas as estradas possíveis” com esse objetivo.

A incerteza política na Itália provoca grande alarme em toda a Europa, num momento em que a ameaça de confiscos de depósitos bancários no Chipre reacende os temores sobre um reavivamento da crise da dívida na zona do euro. O bloco de centro-esquerda liderado por Pier Luigi Bersani conquistou maioria na Câmara, mas não no Senado, e por isso precisaria formar uma aliança para governar.

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Bersani rejeita qualquer acordo com o bloco de centro-direita do ex-premiê Silvio Berlusconi, que tem a segunda maior bancada, e foi esnobado pelo alternativo Movimento Cinco Estrelas, do ex-comediante Beppe Grillo, terceira força na eleição de fevereiro. Se não houver acordo entre esses três partidos, a Itália deve passar mais um tempo sob um governo interino, até que uma nova eleição seja realizada, provavelmente em junho.

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Napolitano também se reuniu na quarta-feira com partidos menores, inclusive o grupo centrista do primeiro-ministro interino Mario Monti. Só na quinta-feira ele deverá receber os representantes dos três principais partidos.

Alento – Bersani, de 61 anos, recebeu um pequeno alento no fim de semana, quando seus candidatos foram eleitos para as presidências da Câmara e do Senado. Ambos anunciaram na terça-feira que reduzirão seus salários em 30% e conclamaram os demais parlamentares a fazerem o mesmo. Bersani propõe desenvolver um pacote limitado de reformas contra a corrupção e para a geração de empregos, na esperança de que isso lhe garanta o apoio do Cinco Estrelas.

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Num ambiente de tantos atritos, um governo minoritário deve sobreviver por poucos meses, mas Bersani talvez não tenha alternativa. “O PD (Partido Democrático, de Bersani) não está mudando a sua linha, vamos para as consultas com propostas que foram votadas pela liderança partidária imediatamente depois da eleição”, disse Bersani a jornalistas na terça-feira.

Crise – A Itália, terceira maior economia da zona do euro, tem poucas condições de enfrentar uma crise política prolongada, depois da turbulência que derrubou o último governo de Berlusconi e arrastou a zona do euro para a beira de um desastre, há apenas 16 meses.

A economia local está em recessão profunda, e o desemprego bate recordes, especialmente entre os jovens. A dívida pública, de 2 trilhões de euros (2,6 trilhões de dólares) está perigosamente vulnerável à volatilidade dos mercados de títulos e a eventuais disparadas dos juros.

(Com agência Reuters)

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