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Grillo descarta alianças e embola ainda mais situação na Itália

Comediante chamou líder da centro-esquerda de “morto que fala”. Bersani diz que no Parlamento é que “cada um assumirá sua responsabilidade”

Por Da Redação
27 fev 2013, 14h16

O Movimento Cinco Estrelas (M5S), do comediante Beppe Grillo, afirmou nesta quarta-feira que não pretende formar aliança com o Partido Democrático de Pier Luigi Bersani, nem com outras legendas. O anúncio foi feito por meio do Twitter de Grillo, um comediante que fez uma campanha baseada em xingamentos contra tudo e todos e acabou conquistando votos de protesto suficientes para se tornar a terceira força no Parlamento italiano.

O post afirma ainda que os mais de 160 parlamentares do Movimento Cinco Estrelas vão votar as leis que estiverem de acordo com seu programa, não importa quem proponha. Em seu blog, o comediante fez críticas a Bersani, a quem chamou de “morto que fala”. O texto afirma que o líder da centro-esquerda tem feito “propostas indecentes” ao M5S, “em vez de renunciar, como qualquer outro faria em sua posição”.

A resposta foi imediata. “O que Grillo tiver a dizer, incluindo insultos, eu quero ouvir no Parlamento. É lá que cada um assumirá suas próprias responsabilidades”.

As declarações de Grillo apontam para um cenário de dificuldades ainda maiores para a política italiana, que saiu das eleições realizadas domingo e segunda-feira em uma situação de ingovernabilidade. Nenhuma coalizão conseguiu maioria no Senado e uma das alternativas que vinha sendo considerada para tirar o país do impasse seria a centro-esquerda de Bersani, que conseguiu maioria na Câmara Baixa, formar um governo com o apoio do Movimento Cinco Estrelas.

O jornal inglês Financial Times lembra que o Povo da Liberdade, partido do ex-premiê Silvio Berlusconi, reagiu negativamente à proposta de um governo de minoria feita apresentada por Bersani nesta terça. “Mas os dois principais partidos têm em comum o interesse de encontrar uma solução para evitar o que, a seus olhos, é uma alternativa ainda pior – uma volta às urnas e o risco de uma vitória completa do Movimento Cinco Estrelas”.

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O problema é que a centro-direita de Berlusconi, que ficou bem perto da centro-esquerda, é a favor de uma grande coalizão, mas não pretende aceitar Bersani como primeiro-ministro.

À rede BBC, Grillo disse acreditar que as duas maiores coligações devem chegar a um acordo e que seu movimento seria a oposição no Parlamento.

A primeira sessão do novo Parlamento deverá ocorrer no dia 15 de março. O voto de confiança necessário para viabilizar um novo governo deverá ocorrer no final de março, depois que o presidente Giorgio Napolitano conversar com as lideranças partidárias.

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