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Presidente do Sri Lanka foge para as Maldivas e população confronta premiê

O escritório do premiê declarou estado de emergência e toque de recolher com efeito imediato depois que manifestantes invadiram seu escritório

Por Da Redação
13 jul 2022, 08h56

O presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, fugiu do país nesta quarta-feira, 13, e centenas de manifestantes invadiram o gabinete do primeiro-ministro exigindo sua deposição.

Rajapaksa telefonou para o presidente do parlamento para dizer que entregaria sua renúncia no final do dia. Seu aliado, o primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe, deveria ser presidente interino. Isso enfureceu a população do Sri Lanka, que sofre há meses meses com escassez de alimentos, combustível e energia, culpando a má gestão do atual governo.

A fuga do presidente pôs fim ao governo do poderoso clã Rajapaksa, que dominou a política no país do sul da Ásia nas últimas duas décadas.

O escritório do premiê declarou estado de emergência e toque de recolher com efeito imediato, mas depois cancelou as medidas. No entanto, elas devem ser anunciadas novamente mais tarde.

“Os manifestantes não têm motivos para invadir o gabinete do primeiro-ministro”, disse Wickremesinghe em comunicado. “Eles querem parar o processo parlamentar. Mas devemos respeitar a Constituição. Então as forças de segurança me aconselharam a impor uma emergência e um toque de recolher. Estou trabalhando para fazer isso.”

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A polícia estacionada do lado de fora do gabinete do primeiro-ministro disparou gás lacrimogêneo contra os manifestantes que invadiram o complexo. A equipe de Wickremesinghe se recusou a revelar seu paradeiro.

Em uma declaração em vídeo, o presidente do parlamento, Mahinda Yapa Abeywardena, disse: “O presidente entrou em contato comigo por telefone e disse que garantirá que sua carta de renúncia seja recebida por mim hoje”.

“Peço ao público que tenha confiança no processo parlamentar que traçamos para nomear um novo presidente no dia 20 e ser pacífico”.

Manifestantes também invadiram a sede da estação de TV estatal Rupavahini, que foi obrigada a suspender brevemente a transmissão. Uma segunda estação de TV administrada pelo governo, a Independent Television Network, também interrompeu sua transmissão, embora a causa não tenha ficado clara.

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Os protestos contra a crise econômica fervilham há meses e chegaram ao auge no fim de semana passado, quando centenas de milhares de pessoas tomaram os principais prédios do governo em Colombo, culpando os Rajapaksas e seus aliados pela inflação descontrolada, corrupção e uma grave falta de combustível e medicamentos.

Segundo a agência de notícias Reuters, os irmãos do presidente – o ex-presidente e primeiro-ministro Mahinda Rajapaksa e o ex-ministro das Finanças Basil Rajapaksa – ainda estão no Sri Lanka.

Gotabaya Rajapaksa, sua esposa e dois guarda-costas deixaram o principal aeroporto internacional perto de Colombo a bordo de um avião da Força Aérea do Sri Lanka na quarta-feira, informou a Força Aérea em comunicado. Uma fonte do governo e uma pessoa próxima a Rajapaksa disseram que ele estava em Male, capital das Maldivas, e seguiria para outro país asiático.

O premiê Wickremesinghe, cuja residência privada em Colombo foi incendiada no sábado, havia se oferecido para renunciar ao cargo, mas não repetiu a oferta depois de se tornar presidente interino na quarta-feira. Se ele deixar o posto, o presidente do parlamento seria presidente interino até as eleições em 20 de julho, conforme programado.

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Líderes do protesto dizem que o primeiro-ministro é aliado dos Rajapaksas e alertaram para uma “luta decisiva” se ele não renunciar.

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