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Presidente do Irã denuncia prisão de seus aliados

A acusação evidencia a recente transição de Ahmadinejad: de filho favorito da teocracia para um adversário

Por Da Redação
29 jun 2011, 21h56
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  • O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse, nesta quarta-feira, que existe uma onda de detenções de seus aliados. Para ele, as prisões são uma campanha “politicamente motivada” com o objetivo de enfraquecer seu governo e mostrar o poder das forças linhas-duras leais aos clérigos que governam o país. A acusação evidencia a recente transição de Ahmadinejad: de filho favorito da teocracia para um adversário. A mudança foi motivada pelo contínuo esforço do presidente para expandir sua autoridade e conter o controle dos clérigos sobre as políticas do país.

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    Dezenas de aliados do presidente foram detidos nos últimos meses, entre eles quatro graduados integrantes de seu governo, presos na semana passada. “Essas prisões têm motivação política. Está claro para nós que têm como objetivo pressionar o governo”, disse Ahmadinejad, segundo a agência oficial de notícias Irna. Ele também advertiu as autoridades a manter os expurgos políticos longe dos ministros de seu governo. “O gabinete é a linha vermelha”, disse. “Mas se meus colegas são acusados, eu tenho a responsabilidade legal de me levantar e defendê-los.”

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    Enfraquecimento – Para Ahmadinejad, a demonstração de força o deixou politicamente enfraquecido a quase dois anos do final de seu segundo e último mandato. Acredita-se que os clérigos vão manter a rédea curta e bloquear qualquer pessoa que Ahmadinejad tente promover como seu sucessor.

    Ele também enfrenta obstáculos para promover a candidatura de mais aliados políticos nas eleições programadas para o ano que vem. Os linhas-duras foram responsabilizados pela prisão de seu chefe de gabinete, Esfandiar Rahim Mashaei, acusado de ser o líder de uma “corrente desviante” que questionaria o sistema de governo clerical estabelecido pela revolução islâmica de 1979.

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    Apesar dos esforços de Ahmadinejad, a hierarquia iraniana continua sem alterações. O líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, tem a palavra final em todas as decisões importantes.

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    Crise – As tensões entre Ahmadinejad e os conservadores têm crescido nos últimos dois meses, após reformas no primeiro escalão que incluem fusão de pastas e demissão de ministros. Os parlamentares afirmam que Ahmadinejad busca diminuir a autoridade do Parlamento, ao emitir decretos sem a aprovação do legislativo. Alguns dizem que o presidente pensa estar acima da lei. Em maio, as divergências chegaram à autoridade máxima do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, que possui poder de decisão e veto sobre todos os assuntos de estado. Ahmadinejad tem ignorado as acusações e argumenta que age dentro dos direitos constitucionais.

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    Mas, na semana passada, a situação se agravou quando o recém nomeado ministro de Relações Exteriores foi forçado a deixar o cargo sob pressão de linhas-duras que o viam como alguém muito próximo ao presidente. Em sua carta de renúncia, Mohammad Sharif Malekzadeh reclamou sobre “manipulações covardes e grandes injustiças” feitas por seus críticos. Ele foi detido dois dias depois.

    (Com agência Estado)

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