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Presidente deposto das Maldivas tem a prisão decretada

Temendo a violência que só cresce no país, a família dele fugiu para Sri Lanka

Por Da Redação
9 fev 2012, 09h17
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  • Um tribunal das Maldivas determinou nesta quinta-feira a prisão do recém-deposto presidente Mohamed Nasheed, enquanto aumentam no país os protestos pela rebelião policial que depôs o Executivo. “Um juiz de Malé (capital) emitiu uma ordem de detenção contra Nasheed e o ex-ministro da Defesa Tholhath Ibrahim, mas por enquanto eles não foram detidos”, disse à agência de notícias EFE um membro do partido do ex-presidente. Esta fonte, que preferiu manter o anonimato, acrescentou que o magistrado que decretou as detenções, Abdullah Mohammed, é o mesmo que ficou três semanas preso por ordem do antigo Executivo, liderado pelo Partido Democrático Maldivo (MDP), de Nasheed.

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    As manifestações que levaram à detenção do juiz em janeiro do ano passado desembocaram na rebelião policial que, estimulada por alguns partidos opositores, derrubou o chefe de governo na última terça-feira. Horas depois da renúncia do líder, o cargo foi ocupado pelo até então vice-presidente Mohammed Waheed. Os confrontos entre partidários do presidente deposto e as forças de segurança, que começaram na capital, foram aumentando em diversos pontos do arquipélago, e chegaram a ser registrados ataques a edifícios oficiais.

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    “Há distúrbios em ao menos 25 ilhas. Cada vez mais gente sai às ruas para se opor ao golpe de Estado”, informou o membro do partido de Nasheed. O maior choque entre os manifestantes e a polícia ocorreu na quarta-feira à tarde na capital, quando milhares de seguidores do MDP foram interceptados por agentes antidistúrbios, que agiram com firmeza para dissolver a manifestação. Temendo o aumento da violência, a mulher e as duas filhas do ex-presidente fugiram para Colombo, confirmou o governo do Sri Lanka. “Elas chegaram e conversaram por telefone com o presidente à noite”, confirmou à agência de notícias France-Presse Bandula Jayasekera, porta-voz do presidente cingalês Mahinda Rajapakse.

    Acusações – O partido acusa o ex-presidente das Maldivas Maumoon Abdul Gayoom, que governou o país durante 30 anos, de ter atuado junto a grupos conservadores islâmicos para derrubar Nasheed. “Tenho muitas razões para afirmar que Gayoom está por trás do golpe contra o governo constitucional”, disse na quarta-feira o ex-ministro de Recursos Humanos Hassan Latheef, que acrescentou que a rebelião foi apoiada por grupos islâmicos locais.

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    O arquipélago vivia uma crise institucional desde pouco depois das primeiras eleições multipartidárias do país, as presidenciais realizadas em outubro de 2008, que puseram fim a três décadas de governo autocrático de Gayoom. O levante nas Maldivas registrou uma morna reação entre a maioria dos países da região, como a Índia, cujo primeiro-ministro, Manmohan Singh, se limitou a felicitar o novo chefe do Executivo maldivo.

    (Com agências EFE e France-Presse)

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