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Por engano, EUA deram 1,4 bilhão de dólares em auxílio para pessoas mortas

Tesouro interpretou mal a lei e não checou os registros de óbito do Seguro Social; republicanos estão reticentes em renovar programa de Trump

Por Da Redação
Atualizado em 25 jun 2020, 17h56 - Publicado em 25 jun 2020, 17h29
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  • O Gabinete de Responsabilidade do Governo dos Estados Unidos descobriu nesta quinta-feira, 25, que a administração de Donald Trump entregou mais de 1 milhão de bolsas de auxílio emergencial do coronavírus, no valor de 1,4 bilhão de dólares, a pessoas mortas.

    Com pressa de injetar dinheiro na economia, o Departamento do Tesouro se apressou para disponibilizar cerca de 270 bilhões de dólares em pagamentos de estímulo, como parte de um pacote de resgate no valor de 2,6 trilhões de dólares, aprovado em março. Contudo, segundo reporta o jornal americano The New York Times, uma parcela do dinheiro acabou no lugar errado, causando gastos desnecessários para o governo.

    Segundo o relatório do gabinete, o erro foi do serviço de receita do governo (chamado IRS). Geralmente, registros de óbito da Administração do Seguro Social são verificados para evitar pagamentos indevidos, mas, no furor de adiantar os três primeiros lotes de pagamentos do auxílio, isso não foi observado.

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    A falha ocorreu por causa de uma interpretação da lei que autorizou o pagamento da ajuda federal. Foi determinado que a IRS não tinha autoridade legal para negar o crédito às pessoas que declararam imposto de renda em 2019 e registraram-se para retribuição.

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    Pode ser que o governo não volte a ver o dinheiro. O Gabinete de Responsabilidade recomentou que o órgão informasse as pessoas que receberam as bolsas de auxílio indevidamente sobre como devolver o crédito, mas não explicou como isso funcionaria para os falecidos. Se o Tesouro obtiver acesso total ao aos registros de óbitos da Administração de Segurança Social, talvez consiga impedir que o dinheiro seja pago. O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, disse que os herdeiros dos mortos deveriam devolver o auxílio emergencial.

    A revelação ocorre enquanto o presidente Trump e alguns membros de seu governo defendem outra rodada de pagamentos de estímulos, mas os desvios podem aumentar a relutância de alguns republicanos em concordar com novos auxílios, analisa o jornal americano The Wall Street Journal.

    Além disso, o relatório do gabinete chamou atenção para outro ponto: o Programa de Proteção de Cheques de Pagamento, no valor de 660 bilhões, criado para ajudar as pequenas empresas a pagarem seus funcionários, é vulnerável a fraudes. O órgão também alertou para o possível duplo recebimento de bolsas, pois há pessoas que recebem seguro-desemprego e outros empréstimos do Programa de Proteção de Cheques de Pagamento. Caberá à Administração de Pequenas Empresas desenvolver um sistema para impedir fraudes.

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